Detalhes do 13 de março 

As manifestações de 13 de março foram de fato maiores que as anteriores, mas bem mais caras também. Cálculos aproximados demonstram que os gastos com alegorias, trajes, equipamentos e transporte entraram com folga na casa dos milhões em cada uma das principais cidades do evento.

Além do mais, pesquisa divulgada pelo Data Folha revela que os participantes eram majoritariamente de fatia de elite da sociedade, batizados de coxinhas. Aliás, as próprias fotos das manifestações já revelam esse perfil, chegando a ponto de gerarem jogos nas redes sociais, com certo humor, mas com muita verdade.

Uma dessas fotos era dos 20 mil participantes do protesto em Salvador, na Bahia, a capital com maior população negra do Brasil. A competição criada era de premiar o internauta que descobrisse alguma pessoa de cor negra numa vista fechada na multidão.

Outra foi no ato de Brasília, onde a tarefa do internauta era apontar hipócritas, ou seja, corruptos conhecidos no meio dos manifestantes contra a corrupção. Eu mesmo achei um bocado deles.

Ao mesmo tempo, os custos das alegorias e equipamentos também foram conferidos por entendidos em desfiles de escolas de samba. Um único boneco inflável das ruas de Goiânia, por exemplo, custou R$ 137 mil, segundo o dono da oficina que montou a peça.

Ao mesmo tempo, grande parte dos manifestantes usavam camisetas da seleção de futebol, que custam acima de 100 reais cada. O publicitário gaúcho Aldyr Schlee, autor do modelo do uniforme, lembrou que aquela é a camisa oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), “a entidade mais corrupta do Brasil”.

Por fim, muitos participantes disseram que foram às ruas contra a corrupção, sem alvos específicos. Pra comprovar o argumento, apontam a estrondosa vaia reservada a Aécio e Alkmin nas ruas de São Paulo, o que os forçou a sair de fininho do meio da multidão.

Fascismo 

Quando o Ministério Público foi criado, a gente imaginava que seria uma garantia de justiça. Um fiscalizador dos próprios tribunais e, principalmente, defensor da cidadania. Eu sonhava com promotores laicos e apartidários, sem gravatas, com a Constituição na bolsa.

Mas hoje, com régios salários, presenciamos aqueles três de São Paulo, uniformizados, engravatados, com camisas brancas e ternos pretos, lembrando os camisas-verdes de outros tempos, pra “denunciar” Lula.

Dalton Trevisan 

O juiz lá do Paraná já parece bastante, mas quem mais se aproxima é aquele promotor de bigodinho, meio alourado. Falo de uns personagens de Dalton Trevisan. É gente de caráter duvidoso, reaça, submissa às elites, ambiciosa, malvada, com feições de fuinhas, doida pra sair na foto. E nem falo do vampiro de Curitiba. Vale conferir.

Viva Zapata! 

O juiz Moro e os três atores cinematográficos do MP de São Paulo agem soltos assim por quê? Significa dizer que as instâncias de controle não funcionam, nem na Justiça, nem no Ministério Público.

Em meio a tanto trabalho, o juiz achou tempo pra participar de um evento promovido por João Dória Jr., pré-candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista. E posaram juntos em foto que circulou nas redes sociais.

É como um árbitro passear no mercado trajando a camisa de um time e depois ir apitar o jogo. Ainda que seja uma bagunça, no futebol ele seria punido, por certo.

O mesmo ocorre com um dos três atores do MP, que foi fotografado em manifestação de rua usando um boné “fora Dilma!”, que ele próprio postou na net.
Se isso tudo pode, viva Zapata!

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