A luta pelo poder

O que está ocorrendo no Brasil é um outro olhar de uma velha prática política onde forças conservadoras procuram capturar ponderáveis segmentos sociais, especialmente médios, para justificar, consolidar o exercício do poder político.

Essa ambição de empalmar o poder por parte de segmentos que compõem a nata do capital financeiro especulativo, os interesses expansionistas do Mercado, as elites políticas mais retrógradas do País, só ganha fôlego com o apoio aberto da grande mídia oligopolista parte integrante da mundialização do rentismo nativo e global.

A “violência simbólica”, quer dizer, o exercício de uma hegemonia discursiva, ideológica, com que esses setores se lançam no assalto ao objetivo é mais articulada, instrumentalizada, monitorada que em 1964.

Até porque as condições do exercício dos interesses dos Estados Unidos são atualmente bem maiores, apesar de um mundo em transição a uma geopolítica multipolar.

Com o potencial de transformar o País num laboratório de tempestades especulativas financeiras, pânicos midiáticos de toda espécie, construção cotidiana de múltiplos dissensos na sociedade nacional. De tal forma que esses “fatos” e a “opinião publicada” se confundem com a realidade.

Mesmo sem o fantasma da “Guerra Fria”, sem o apoio das Forças Armadas, voltadas para uma visão geopolítica da participação do Brasil num cenário geopolítico multipolar e sua integridade territorial, esses setores subalternos às ambições antinacionais almejam a privatização das riquezas do País, retomam o discurso que fazem há mais de 70 anos.

Como o Mercado seria para eles “virtuoso”, os grupos políticos de oposição impolutos, a riqueza nacional concentrada em mãos de 1% de nababos algo muito natural, os ganhos estratosféricos do capital financeiro especulativo, os maiores do mundo, seriam perfeitamente normais, fica assim óbvio o campo de alianças formado, com a mídia hegemônica, em torno dessa aventura golpista.

Sob virulento bombardeio da grande mídia o governo Dilma e aliados resistem. Já a fome de poder mostra-se insaciável por parte desses grupos conservadores. Nesse quadro político é fundamental apontar os rumos, na luta política concreta, de um projeto nacional de desenvolvimento estratégico que aglutine amplas forças sociais em defesa da nação e da democracia.

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