Defender a nação

O cenário geopolítico global é a comprovação de um quadro de instabilidade generalizada em que vive a chamada Nova Ordem mundial, onde se destacam zonas de conflitos por todos os continentes, além da grave crise econômica gestada pela incessante política de acumulação do capital financeiro parasitário.

Assim a grande superpotência do planeta, os Estados Unidos da América, convive paradoxalmente com intenso processo de aumento de gastos no setor armamentista associado a uma prolongada crise econômico-financeira como que a vasta extensão dos seus limites imperiais, interesses vários, tenham provocado a exaustão da dinâmica do seu modelo de crescimento capitalista de mais de um éculo.

De tal forma que essa contradição, que parece insolúvel, vem arrastando a humanidade para conflitos regionais sangrentos que se espalham pelos continentes e se mostram inesgotáveis em situações macabras, expondo aliados, incondicionais ou recalcitrantes, a episódios criminosos, terríveis como os recentes atentados terroristas em Paris.

É fato notório, via amplos meios de comunicação, que o drama dos refugiados que acorrem aos centenas de milhares à Europa ocidental como uma extraordinária vaga humana que parece interminável, vindos do Oriente Médio e da África, resulta das sistemáticas guerras de agressão neocoloniais capitaneadas pelos EUA.

Os grupos terroristas fanáticos que atuam hoje pelo mundo, inclusive no velho continente, foram treinados nas últimas duas décadas pelas forças especialistas em insurgência norte-americanas contra nações soberanas.

Neste momento reacendem zonas de conflitos como o imbróglio entre a Arábia Saudita e o Irã, a crise da Ucrânia, o “perigo nuclear norte-coreano”, a campanha diuturna contra a Venezuela, todos com a presença dos EUA.

Na verdade são movimentos geopolíticos, militares com objetivo a médio prazo de cercar a China e a Rússia. Quanto ao Brasil pretende-se neutralizar a liderança solidária do País na América do Sul, além de tentar evitar seu protagonismo junto os BRICS.

É vital ao Brasil, nessa quadra de graves instabilidades, a construção de um projeto de desenvolvimento econômico estratégico, democrático, uma diplomacia independente, altiva, zelar pela soberania territorial, das suas riquezas naturais que são ambicionadas desde sempre.

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