Filme quase perfeito 

O longa Bye Bye Brasil (1979), do grande diretor Cacá Diegues, poderia estar entre os três melhores filmes do cinema brasileiro até aqui, pelo menos na minha lista. Mas não está por uma razão que eu já conto. Por essa mesma razão, quem sabe, perdeu por um triz a Palma de Ouro de Cannes, mas de todo jeito foi assistido mundo afora, e elogiado, pelas qualidades que tem.

Começa pela sua trilha sonora, que é de Chico Buarque de Holanda, Roberto Meneschal e Dominguinhos. O roteiro é do próprio Cacá e Leopoldo Serran. A produção de Luiz Carlos Barreto. E nos brinda, ainda por cima, com exuberante desempenho de atores como Zé Wilker, Betty Farias e Jofre Soares.

O filme é de ficção, mas com forte conteúdo documental, já que vai se ajustando aos acontecimentos de uma viagem real. A trama é uma trupe de artistas ambulantes que sai do Nordeste pela rodovia Transamazônica e vai bater em Altamira, no Pará, parando em todo canto para se apresentar pro povão, e finaliza em Brasília. É uma aula de Brasil e de Cinema.

Pois bem, mas o filme foi prejudicado por uma escolha errada de Cacá ao elencar os atores, talvez por pressões que a gente desconhece. O fato é que, entre os protagonistas, ele apostou num cara novo na época, que até prometia, mas que foi um baita xabu. O nome do sujeito é Fábio Júnior.

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