Mais verde e mais vida na periferia

Mais verde e mais vida na periferia

Na semana passada, tive a oportunidade de prestigiar o início do plantio de um bosque no bairro, por iniciativa do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – Cebrapaz, em homenagem às 500 crianças palestinas mortas há pouco mais de um ano em bombardeios na guerra entre israelenses e palestinos.

Ações como essa são louváveis num momento mundial em que os abismos econômicos e sociais são cada vez mais proeminentes, resultando em conflitos armados, seja entre Palestina e Israel, ou na ação de polícias, milícias e outros aparelhos ligados ao próprio Estado contra a sua população.

Recentemente, Cidade Tiradentes foi palco de uma ação do plano ‘Juventude Viva’ do governo federal. O programa visa reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e periférica, criando estratégias de ampliação de direitos, enfrentamento ao racismo e desconstrução da cultura de violência.

Há mais de dez anos estamos na faixa de 50 mil homicídios por ano, número chocante, comparado a situações de guerra e conflitos, segundo a Anistia Internacional.

A recente chacina que deixou 19 mortos em Osasco e Barueri, em sua maioria jovens negros, confirma o tenebroso clima bélico em que vivemos atualmente, seja em guerras como as que atingem atualmente o Oriente Médio, ou em estados ditos em paz como o Brasil.

Por isso, uma ação de plantio de árvores, como a que foi realizada pelo Cebrapaz, é importante para refletirmos sobre os problemas atuais pelos quais passa a juventude no mundo. Seja na Palestina, na Colômbia, nos conflitos raciais nos Estados Unidos, ou aqui, na periferia das cidades brasileiras.

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