Insanidade

Segundo Albert Einstein, um padrão de insanidade é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Qualquer tentativa de quebrar a rotina mental de alguns e minimizar a “cegueira” teórica de quem está condicionado a tal padrão está sujeito a causar conflitos, rixas e muita tristeza, com consequências, por vezes irreversíveis.

Terminamos, a par de exaustiva analise “cientifica” da “realidade “emoldurado por um linguajar rebuscado, por subordinar as nossas ações e orienta-las a partir de diagnósticos subjetivo permeado por nossas vontades de obter êxito e de “provar” que a nossa opinião é a correta.

Na verdade tal atitude que normalmente acontece em alguns ambientes “partidista” recorrentemente nos anos que antecedem aos pleitos eleitorais. Uma observação mais atenta e uma breve leitura de “documentos” eleitorais de vários partidos, do campo de esquerda, sofrem deste mesmo mal.

Raramente, muito raramente, fazem balanço a partir das deliberações aprovadas e documentadas.

É um verdadeiro “esquecimento” dos argumentos que foram arrolados em defesa de determinada tese e assim, evidentemente, repete-se os erros, na tentativa inconsciente de desta vez acertar.

Daí as campanhas em especial dos candidatos proporcionais serem um estuário de ações intuitivas que vão se perdendo ao longo do processo eleitoral até terminar sem nenhum ponto de contato com o que foi pretensamente planejado no ano antes.

Atribuem-se, conhecimento em demasia, para quem geralmente só tem a vontade de ser candidato, depositando-se no incauto a responsabilidade de dar a palavra final, que muitas vezes é dada por obrigação.

É comum se ler ou ouvir “projeções” generosamente arredondadas pra cima. Teses como se a chapa própria for completa, se houver cabeça de chapa, ou chapa pura, o Partido fatalmente terá mais votos e conquistará mais cadeiras legislativas. Outros dizem que se houverem recursos financeiros e estruturas suficientes tudo dará certo. Mas lá na frente outros, sem a mínima perspectiva de obter recursos, argumentam que a questão é “politizar” a campanha e fazem verdadeiro programas para seus candidatos, esquecendo, que um Vereador tem função e natureza especifica, por exemplo.

Do ponto de vista mais geral, sempre é preciso considerar que em um ano o dinamismo político nacional pode ser alterado e muito. Espaços que hoje estão fechados podem se abrir e o contrário também.

Trabalhar com as hipóteses e cenários possíveis é fundamental sem fechar portas e nem se precipitar. Construir um plano que considere a parte fixa e variável de qualquer planejamento e que não se delegue a função de planejar campanha ou preparar propostas e documentos aquela pessoa diretamente interessada em um resultado positivo.

Sejam assessores, funcionários, parentes ou interessados diretos não devem ser os responsáveis pela elaboração de planos e metas. A história mostrou que esses envolvidos subjetivamente, são incapazes de produzir avaliações isentas e imparciais que em boa parte das vezes desagradaria o candidato ou o Partido.

Evitar entrar neste padrão de insanidade definido por Einstein é romper vícios e amarras, tradições e privilégios que tornam muito difícil a obtenção de sucesso. Contudo, o enfrentamento cada vez mais duro e profissional das campanhas exige daqueles que tem pretensões coragem para romper tal círculo ou apelar para sorte e se eleger, sem saber como e nem porquê e se achar o “rei da cocada presta” sem ser.

Mas seria um bom momento para começar…

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