Água e óleo

Água e óleo não se misturam, mas na cena política brasileira atual, são os dois assuntos que pululam os noticiários deste verão.

A Petrobrás atacada intensamente seja através de “informações” questionáveis na mídia, Seja também por fatos reais ampliados a exaustão pela “oposição”.

A situação se torna pior por que ela, a Petrobrás é mal defendida. Numa situação complexa em que o governo perdeu faz tempo a guerra da opinião “pública”. Á todo momento surgem “opiniões”, sugestões e fogo amigo, muito fogo amigo!

Na verdade a oposição fortalecida pela forma em que se deu à campanha eleitoral, insiste na busca de um caminho alternativo para ganhar um “terceiro” turno que a mídia faz questão de manter em evidência. As manchetes dos jornais seguem a lógica anterior e se tornam em verdadeiros veredictos condenando a todos que tem alguma aproximação com o governo ou alguma ligação com o PT. Os ataques são brutais, sistemáticos e contundentes do ponto de vista da forma. Chega-se a ponto de tornar manchetes até argumentos dos advogados de defesa, dos criminosos confessos, pagos com o dinheiro roubado e desviado que a própria mídia faz questão de não frisar. Vale tudo no jogo de impor derrotas ao PT e ao governo.

Uma vergonha diria um comentarista que se fosse sério não usaria este bordão a esmo. A situação é complicada. Há uma ação nitidamente orquestrada e dirigida para criminalizar o PT e o intuito desta ação, me parece, visa buscar a exterminação desta agremiação.

Infelizmente os 35 anos do PT foram marcados, em vez de festa, por explicações, tentativas e autocríticas. Apareceu até um quadro que cumpre pena, fazendo críticas, descabidas ao próprio Partido. Infelizmente a vaidade entra junto na cela de alguns que nem ali, no frio das masmorras, conseguem se despir num esforço autocrítico dos erros cometidos. Afinal quando alguns incautos faziam campanha para arrecadar dinheiro para pagar as pesadas multas impostas, este mesmo, ganhava milhões de uma “consultoria” pra lá de suspeitas.

Urge a Presidenta adotar uma agenda positiva. A mobilização popular é necessária. Claro, que fazer isso, arrochando, diminuindo créditos, cortando, fazendo ajustes, retirando conquistas dos trabalhadores não será possível. O Governo patina, escorrega, e faz até aqueles, que não sendo puxa saco, tenta ajudar, não conseguir. Retomar a agenda de crescimento, construir canais com o povo. Depurar-se radicalmente, destes vagabundos, poucos é verdade, que teimam em utilizar do crime para atender seus instintos mais primitivos e colocá-los na cadeia. Fazer mais política, radicalizar ampliando e ampliar radicalizando penso ser o caminho.

Os ataques a Petrobrás, buscam enfraquecer a empresa para que os verdadeiros interessados apareçam para assumi-la. O chamado “mercado” quer um tucano na Presidência, se for possível, um tucano com sotaque inglês e formado no Texas. Só assim e quando trocar o nome para Petrobrax eles podem se acalmar. Enquanto isso fazem de tudo para jogar a criança com água suja fora.

Por falar em água, muito infantil a postura de quem faz esforços para jogar a culpa da crise hídrica que atinge o país em especial o sudeste, nas costas de um determinado governador parece coisa de torcida e pirraça. A situação hídrica da região é terrível e os especialistas estão cansados de nos avisar. Li um artigo e participei de um debate há uns 10 anos que alertavam para a situação e a única campanha em que a oposição abordou o tema foi na eleição passada. Numa clara tentativa de “eleitoralizar” o debate, que se viu, não surtiu efeito. Construir soluções exige altivez e estatura política. Buscar saídas e o papel da oposição séria e de governos comprometidos com o futuro. Duas coisas também em extinção nesta época de secas.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor