Estado, democracia e sociedade

O que está ocorrendo no País, sob o pretexto de combate à corrupção, é a articulação de movimentos contra três objetivos combinados, definidos: o Estado nacional, a democracia e as maiorias sociais.

Em virtude da crise estrutural capitalista da Nova Ordem Mundial, a emergência dos BRICS, novos atores na geopolítica global, as políticas neoliberais estão sendo reestruturadas com vistas a uma nova ofensiva em escala planetária.

Assim como o reforço dos meios, instrumentos militares, ideológicos, midiáticos, do capital especulativo que permitam a hegemonia sob condições mais invasivas.

Nenhuma nação especialmente aquelas que compõem o Brics, que são alvos centrais, terá condições de persistir no caminho da soberania, da independência, nessas novas condições impostas pela Nova Ordem Mundial sem recompor suas linhas estratégicas de defesa.

A odiosa “guerra” externa, interna, de desmoralização da Petrobrás com as denúncias de corrupção na empresa, e que devem ser apuradas com transparência, tem como meta a destruição de um símbolo de identidade, referência nacional, a abertura total para exploração, usufruto das reservas petrolíferas brasileiras às gigantes companhias estrangeiras que já se movimentam para tal fim.

Há igualmente uma campanha contra o Estado nacional. O que divulgam é o conceito que essa é a entidade a ser repelida, adversária das liberdades individuais, coletivas, obstáculo ao crescimento econômico.

Mas sem o Estado não há o desenvolvimento porque a lógica do capital não é a dos interesses nacionais ou dos cidadãos e sim do lucro irrefreável.

Só o Estado pode garantir a integridade territorial, desenvolvimento, democracia, as políticas sociais.

Sob o mote do combate à corrupção faz-se a criminalização da política, única via da participação coletiva dos cidadãos. Dessa forma caberia à grande mídia associada ao capital rentista o comando dos destinos do País.

Assim a atual campanha contra a presidente Dilma visa o golpe institucional já que o governo é empecilho aos rearranjos da Nova Ordem Mundial.

Com a reestruturação mais agressiva do capital financeiro o Brasil e os BRICS necessitam promover o fortalecimento do Estado nacional, a democracia fecunda, a ampla mobilização social na luta por outra Ordem Global mais justa, avançada.

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