Defesa e ataque

Não sendo jurista, nem profissional do direito e muito menos ter vocação para rábula, me coloco como um curioso, especulando sobre alguns fatos.

Causa-me espécie a leitura da peça de defesa do doleiro Alberto Yussef, criminoso confesso e corretamente preso pela “operação Lava a Jato”.

Ora, a divulgação com estardalhaço por parte da mídia, em especial a global e as publicações de sempre que fazem oposição sistemática e campanha contra o PT, que passou ser a “Geni” da vez.
Diz o ilustre advogado, num arroubo de patriotismo repentino que o réu confesso, Yussef, é e foi vitima (pasmem) do plano diabólico mirabolante e eficaz, elaborado e orquestrado pelo PT.

Provavelmente para “obriga-lo” a servi-lo, no esquema que segundo o devaneio do próprio, seria para comprar, mais uma vez os votos e apoio dos Deputados a projetos de interesse do governo. Seria cômico para qualquer criança que ao ler atentamente perceberia que há uma tentativa mal feita de copiar argumentos utilizados a exaustão pelo o aposentado ex-Ministro Joaquim Barbosa.
Na verdade o que se sabe é que o doleiro criminoso, não arrependido, entrou na onda da “delação premiada” para se safar da justa pena que lhe deveria ser imposta, por encabeçar um esquema, que surrupiou, com a contribuição de falsos servidores públicos de vários partidos inclusive, infelizmente do PT, bilhões de recursos da nossa importante Petrobrás. Inclusive mentindo sobre o seu patrimônio, que segundo o seu comparsa, passa dos duzentos milhões de dólares, valor muito a cima dos declarados, U$ 50 Mi.

O que está em jogo evidentemente é a tentativa dos que perderam as eleições de sangrar até, quem sabe, o impeachment, a Presidente Dilma, que aturdida, cercada por bajuladores, não parece estar se dando conta do tamanho e nem da gravidade da movimentação. Ausência de foco e de estratégia parece a deixar refém das pressões midiáticas e dos alaridos da oposição.

Sair das grades e ir para o centro do octógono com uma agenda positiva que mobilize o povo é a saída. Mas não parece ser essa a movimentação atual. Acalmar o mercado e reconquistar os índices de confiabilidade, discutível, dos órgãos e agências internacionais parece ser a prioridade.

Enquanto isso na pradaria paulista, paulistana, cenas de pugilato e “trocação” pública agita o “mercado” político local, com grande repercussão nacional. Marta sai atacando de olho em seu retorno ao viaduto do Xá (Sede da Prefeitura). O Fernando Haddad, circulando nas artificiais ciclovias, cuja utilização deixa muito a desejar e só atende uma pequena parte da classe média paulista, devolve atacando com o troca-troca de sempre. Sobrou até para o aliado de anos, um fogo amigo. É óbvio que a filiação do Netinho ao PDT tem as impressões digitais do turco e de seus apoiadores. A busca por manter-se no poder, consumiu biografias, histórias coletivas e pessoais de quadros e militantes. O poder exerce atração e causa furos e taquicardia a possibilidade de perda. Fazer campanhas para arrecadar dinheiro para pagar multas de crimes cometidos não parece ser uma boa para os militantes sadios e ainda mais quando se sabe que enquanto alguns honestos e dedicados faziam este tipo de movimento, solidário e bem sucedido os que se beneficiaram recebiam, ao mesmo tempo, mais de sete milhões de reais de “consultoria” para empresas corruptas que desviavam junto com o tal doleiro da Petrobrás.

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