O nó que desata

Após pleito eleitoral renhido em que a maioria do povo brasileiro reelegeu a presidente Dilma para mais um mandato à frente da nação, grandes desafios estão à vista, dentre eles encontram-se os caminhos do desenvolvimento econômico do País.

Essa não é uma empreitada de pequena monta, mas é, sem dúvida, uma das questões centrais a ser enfrentada pelo governo federal, um dos pontos nevrálgicos, estratégicos ao futuro do Brasil.

Até porque em meio ao intenso combate político travado nessas eleições presidenciais encontrava-se subjacente nos violentos ataques contra a renovação de mais 4 anos ao governo Dilma Rousseff, a disputa pelos rumos da economia brasileira.

A derrota eleitoral do candidato Aécio Neves foi sobretudo mais um freio às pretensões das orientações no Brasil do capital financeiro internacional, do neoliberalismo ortodoxo, dogmático que esteve no poder nos dois governos do ex-presidente Fernando Henrique e suas políticas do Estado Mínimo.

As iniciativas de privatizações do patrimônio estatal da nação, que quase levou de roldão a Petrobrás, hoje alvo de brutal ofensiva desmoralizadora pelos grupos mundiais do petróleo e setores nativos associados, da grande mídia hegemônica, tem como objetivo a apropriação das nossas riquezas, as reservas do Pré-Sal etc.

A crise estrutural capitalista mundial cujos únicos beneficiários são os conglomerados financeiros globais e nativos não admitem que o País não se submeta à sanha canibalesca dos seus lucros que penaliza a sociedade, o desenvolvimento soberano, como acontece hoje, por exemplo, com a comunidade europeia.

O ódio ideológico, a fúria golpista de restritos mas atuantes núcleos reacionários, a premeditada radicalização do processo eleitoral via grande mídia, refletem virulenta campanha contra os interesses econômicos soberanos do País.

Passadas as eleições esses setores mantêm a pressão agora na formação do novo governo na área financeira, Banco Central, contra a retomada sob bases mais avançadas do desenvolvimento econômico, industrial, infraestrutura, políticas públicas, assim como na matriz macroeconômica.

Essa é a batalha central, o “nó que desata todos os outros nós”. Tudo mais que também apresenta-se como essencial interliga-se a esse desafio fundamental, a luta estratégica do povo brasileiro.

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