O saracutico do capital financeiro

O capital financeiro está em polvorosa! Um verdadeiro "rebuliço internacional". Com a proximidade do segundo turno da eleição presidencial, no dia 26, os grandes bancos e setores empresariais têm feito de tudo na tentativa de impedir a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Se esgueiram por publicações internacionais ditando regras para esta ou aquela nação. Recente manchete da revista The Economist é um exemplo perfeito dessa estratégia panfletária.

Ao estamparem em sua capa uma ilustração com Carmen Miranda, mas com as frutas de seu simbólico adorno de cabeça estragadas, acenam para o mundo com uma péssima e desrespeitosa mensagem sobre um Brasil carente de mudanças. O editorial é explícito no apoio à candidatura do tucano Aécio Neves. Em campanha aberta, a publicação britânica pede votos para o candidato perfeitamente aliado ao modelo neoliberal. Chegam a dizer que o projeto de Aécio beneficiará brasileiros mais pobres, numa ineficaz tentativa de vendê-lo como algo atrativo.

O projeto liderado por Aécio é aquele que conhecemos bem nos anos 90. É o mesmo adotado por FHC que, em discurso televisionado, assumiu aumentar juros, impostos, provocar arrochos salariais, trazer o desemprego e empurrar milhões de brasileiros jovens a um horizonte sem oportunidades. Não há a menor possibilidade do trabalhador brasileiro sair vitorioso com o projeto do PSDB para o Brasil de 2015. Não há a mínima chance do Brasil olhar os mais pobres com Armínio Fraga, aquele que acha o salário mínimo alto, como ministro da Fazenda. Seria um pesadelo!

Aécio é um político que passou sua vida pública inteira posicionando-se contra os trabalhadores. Na Constituinte foi contra as 40 horas semanais e a remuneração de 100% nas horas extras trabalhadas. Anos mais tarde empenhou-se pela flexibilização da CLT, ideia de seu mentor FHC, e desejou impor medidas duras contra o trabalhador ao sugerir o parcelamento do 13º salário e o rebaixamento do FGTS de 8% para 2%. Também foi contra o aumento real do salário mínimo no Senado Federal, chegando a recorrer ao STF contra sua valorização. Uma longa lista de ataques ao trabalhador!

As forças do sistema financeiro internacional querem fazer de tudo para apontar Aécio como o preferido desta eleição. Tentaram o mesmo com José Serra em 2010 e fracassaram. A revista segue panfletando e dando importância zero aos muitos sucessos dos governos Lula e Dilma nos últimos anos de crise internacional. Fecham os olhos ao fato de que, apesar da crise internacional que pôs o Reino Unido de joelhos, no Brasil houve pleno emprego, aumento da renda e redução da desigualdade.

Se as manchetes nacionais já são tentativas bizarras da Grande Mídia de elevar Aécio a um pedestal, as internacionais não ficam distantes da ação intervencionista. Diante destas manobras, o Brasil continuará seguro e firme no projeto de esquerda iniciado por Lula e liderado agora por Dilma. Não haverá pitacos que desmontem as inúmeras conquistas que alcançamos na última década. O saracutico do capital internacional está com seus dias contados.

Venceremos!

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