Bolsa Família x Bolsa de Valores

As eleições deste ano são, de longe, as mais disputadas desde 1989. Naquela ocasião de fato as elites não queriam que nenhum dos dois, nem Lula e nem o Collor fossem ao segundo turno. O que afinal acabou acontecendo e com nítida definição das elites midiáticas por Collor, evitando assim o mal “maior” para elas que seria o “sapo barbudo”!

Naquela ocasião causou estarrecimento nos democratas do Brasil e do mundo as manobras promovidas pela mídia. Notadamente a Rede Globo e a “revista” Veja!!

Mas hoje, pode se dizer que nunca na história do nosso país a grande mídia conservadora elitista e preconceituosa jogou tão sujo de forma tão escancarada como agora. A campanha de Dilma Roussef sofre também por conta das atitudes criminosas de boa parte da mídia, a mais poderosa, que faz verdadeira e aberta campanha contra a reeleição da presidenta. Um absurdo!

A luta é desigual! A aliança entre a mídia, parcela do poder judiciário, com o beneplácito injustificável, da cúpula da Policia Federal, causa indignação!

O articulista Janio de Freitas, do tucano jornal FSP, diz de forma insuspeita: “A eleição presidencial no Brasil pós-ditadura não se decide entre candidatos e respectivos partidos. Integra a disputa- continua ele- Os candidatos, os Partidos, a Policia Federal, O Ministério Público Federal e até a Bolsa de Valores” e faltou dizer à imprensa que forma um amalgama, a conexão e a face visível e distorcida dos vários interesses.

De nada adiantaria que a procuradoria fizesse seu sujo e parcial papel, de premiar uns criminosos as vésperas das eleições, um criminosos não, dois! Se não houvesse as lentes e os “jornalistas” em conluio com advogados e juristas, pagos, pelos contribuintes, para divulgar através de ilações acusatórias e condenatórias, toda a vezes que surgem a menor menção há algum agente público. Se não for da base aliada, insinua-se, monta-se, incrimina-se. Se for da oposição, mesmo que esteja morto, será preservado e sequer citado.

O primeiro depoimento judicial de um delator, cujo processo, corre em sigilo de justiça, foi transmitido praticamente ao vivo e por mera coincidência aconteceu logo no primeiro dia da disputa de segundo turno.

Muito difícil, mas muito difícil mesmo, ganhar uma eleição enfrentando este “Partido”. Forte, organizado, estruturado que bombardeia durante meses e se acentua agora de forma acintosa no segundo turno. A mídia em conluio com o judiciário, nos torna reféns de um sistema que nada tem a oferecer para o povo e nem para o país.

A resistência, se dá e tem que se dar, pela luta intensa e sem tréguas para abrir os olhos dos eleitores e mostrar que nós já passamos por isso. Nós já sofremos isso e é preciso resistir.

E procurar, se eleito for, insistir, lutar, liderar e construir uma reforma política real, profunda que não permita que erros, equívocos e crimes cometidos contra o povo, seja de quem quer que seja, possam impunemente ser premiados com mandatos.

O voto dado a Dilma vem, em sua maioria, de pobres, pretos e não sou de nordestinos, mas acima de tudo de muitos bem informados, que não ficaram “burros demais” assistindo TV!

É assim que funciona

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