Cinco temas fortes

Diferentemente do naufrago solitário que lança ao mar a garrafa com sua mensagem e fica esperando que alguém a recolha e o atenda, o movimento sindical articulado precisa insistir e fazer chegar às diversas candidaturas sua voz forte e unitária exigindo compromissos firmes e encaminhamentos concretos em torno de, pelo menos, cinco temas de sua pauta.

O primeiro deles é manutenção da atual politica de valorização do salário mínimo, que todos apoiam, mas não garantem sua execução integral.

O segundo é a correção da tabela do imposto de renda e o aumento das isenções para os trabalhadores. A presidente Dilma, que é também candidata, deveria, desde já, garantir a correção dos 4,5% cuja medida provisória caducou.

O terceiro é o engajamento na luta pelo controle das terceirizações, elas são a porta de saída dos direitos trabalhistas e da formalização, cujos efeitos civilizatórios são confirmados pelo engenheiro e economista Luiz Carlos Mendonça de Barros (artigo no Valor Econômico desta segunda-feira).
O quarto é o compromisso com a substituição do fator previdenciário por uma fórmula que não penalize os trabalhadores que ingressaram no mercado de trabalho mais cedo. O Sindnapi á apresentou sua proposta que pode servir de base às negociações e votações futuras.

E, finalmente, o quinto é o encaminhamento político da redução constitucional da jornada de trabalho, redução que já vem acontecendo na vida real (horas efetivamente trabalhadas) e sendo negociada em vários acordos e convenções, podendo ser, eventualmente, gradual, como já foi proposto pelo vice-presidente Michel Temer.

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