Dia Global de Protesto contra a Otan

O Conselho Mundial da Paz (CMP) convocou para 30 de agosto o Dia Global de Protesto Contra a Otan. Serão realizadas ações em diferentes países de todos os continentes.

O CMP tem por sede Atenas, onde funciona a secretaria geral, cujo titular é o deputado grego Tanassis Pafilis. A presidência é exercida pela brasileira Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz).

A entidade brasileira é um ativo núcleo do CMP, com destacada atuação no País e em toda a América Latina. Conjuga ações em defesa da paz mundial, denúncias das guerras agressivas das potências imperialistas com a solidariedade aos povos agredidos. É uma importante organização integrante do núcleo de entidades e movimentos sociais que ao lado de partidos políticos e personalidades independentes, luta também em defesa do Brasil, do progresso social de nosso país, pelo exercício de um papel cada vez mais protagonista da nação em termos globais no empenho por uma nova ordem internacional e pela integração soberana da América Latina.

Neste preciso momento, o Cebrapaz dedica o melhor dos seus esforços à mobilização em defesa do povo palestino vitimado pelo massacre perpetrado pelo Estado sionista, e dá importante contribuição ao processo de paz na Colômbia. Segundo informações da sua página na Internet, está engajado no êxito do Dia Global de Protesto contra a Otan

A jornada justifica-se inteiramente. E é equívoco supor que a Otan, organização estratégica na cadeia imperialista, é algo distante de nossa realidade. Na conjuntura mundial atual, não há por que subestimar as ações guerreiras do imperialismo. Em algum grau nos atingem. Como assinala o chamamento do CMP, “a Otan é a maior, mais forte e mais agressiva aliança militar no mundo de hoje”.

A organização tem 28 Estados membros da América do Norte e da Europa. Outros 22 países estão engajados no chamado Conselho de Parceria Euro-Atlântico. Ao seu lado, outros 19 países estão ligados à Otan através de programas como o “Diálogo do Mediterrâneo”, a “Iniciativa de Cooperação de Istambul” ou a “Parceria para a Paz”.

Desde 1991, a Otan expandiu o quadro de membros e o teatro de operações, o que por si só revela o seu objetivo fundamental: ser uma ferramenta primordial na dominação imperialista ocidental sobre o planeta.

A Otan é uma inimiga da paz, está comprometida com as doutrinas do primeiro ataque e dos ataques preventivos. Como uma aliança militar ofensiva, está sempre pronta para intervir antes mesmo de a diplomacia ter sua chance, caso ela seja de interesse das potências imperialistas. A expansão e as provocações da Otan – como a atual crise na Ucrânia demonstra – são diretamente responsáveis pela desestabilização, pelas turbulências, pela violência e pela guerra.

O apelo do CMP assinala enfaticamente que a “Otan é uma inimiga da paz e dos povos”. Intervém em várias partes do globo, como fez na antiga Iugoslávia, no Afeganistão, na Líbia e no Iraque. Nessas intervenções, a Otan faz uso de armas tóxicas que contêm urânio empobrecido ou fósforo branco e considera as armas nucleares parte fundamental da sua estratégia de defesa.

O documento do CMP adverte que a próxima cúpula da Otan a se realizar no País de Gales, de 4 a 6 de setembro próximo, adotará e desenvolverá as decisões da Cúpula de Lisboa, quando a Aliança Atlântica formalizou seu novo conceito estratégico. A perspectiva é reforçar o caráter militarista e agressivo da organização, como instrumento das potências imperialistas estadunidense e europeias para intervir militarmente onde requeiram suas necessidades de saquear as riquezas dos povos e estabelecer esferas de influência.

A luta pela dissolução da Otan faz parte das plataformas de mobilização dos povos e das organizações sociais e políticas que defendem a paz, a justiça social e o progresso.

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