As eleições e o candidato

Eu já participei de muitas eleições desde o inicio da década de 80, do século passado. Foram as campanhas de 1982,1985,1986,1988,1989,1990,1992,1994,1996,1998,2000,2002,2004,2006,2008,2010,2012 e participando agora em 2014. Pesquisei, arquivei informações e dados, conversei com muita gente boa e com outras nem tanto. Organizei, proferi cursos e palestras.

Escrevi artigos, textos, dei cursos e aulas. Estudei, busquei sem preconceitos, conhecimentos e opiniões sobre o tema. Conheci, vivi, participei e fui participante ativo em alguns momentos e períodos fui protagonista de muitas campanhas eleitorais. Errei, acertei, teimei, errei de novo. Desenvolvi teses e teorias que não serviram pra nada. Mas também dei palpites e “pitacos” que foram decisivos. Enfim aprendi muito, mas sei que não sei quase nada ou muito pouco. Por isso que acho engraçadas as previsões futuristas, taxativas, com ares de verdade absolutas que alguns “expert” em eleições vociferam por aí a fora.

Só sei de uma coisa. Todas as eleições são atípicas mas, contudo, até esta “regra” que eu criei está sujeita a exceção. Às vezes a tantas exceções que pode-se questionar tal “regra”.
Mas quero aqui abordar a questão do Candidato. Existem duas categorias deles. Um ou uma, que concorre a cargos executivos e outros, a grande maioria, que concorrem a cargos proporcionais. Parlamentos municipal, estadual e federal.

Pode-se se achar que sendo um candidato a Deputado, por exemplo, sendo também um candidato ao executivo na próxima ele teria a mesma conduta. Ledo engano. O candidato ao executivo tem reações e condutas distintas do candidato a vereador, Deputado e até Senador.

Quanto a esta categoria de candidatos a cargos executivos, peço licença para discorrer sobre eles numa próxima oportunidade. Quero gastar essas poucas linhas para escrever um pouco sobre a outra categoria que candidatos que são aqueles que concorrem a cargos proporcionais.

Existem dentro destas categorias vários tipos de candidatos, personalidades distintas que ao longo do processo eleitoral vão mostrando características comuns.

Mas vejam vocês, que me refiro às similaridades entres os candidatos e não do candidato com o que ele demonstrava antes de sê-lo.

Existem candidatos calmos, tensos, ansiosos, nervosos, arrogantes, brigões, chorões e ufanistas, certo? Errado! Todos os candidatos têm essas características. Ao longo da campanha aparece em maior ou menor grau uma ou outra. Mas quando mais se aproxima a data do pleito todos eu disse todos se assemelham. Mas ficam tão parecidos em forma, estilo e métodos que fico pensando que o numero dado a cada um não são só por conta dos eleitores diferencia-los. Vou formando, a quase firme, convicção que é também para os amigos, familiares e principalmente os assessores também não se confundir.

A tensão pré- eleitoral síndrome comum a absolutamente todos aumenta à medida que a data fatídica se aproxima, Quanto mais perto mais parecidos os candidatos são. Ideologia, teoria, capacidade de discernimento, qualidade indispensáveis aos quadros que concorrem e que fez muitos serem indicados pelos seus partidos ficam gradativamente em segundo plano.

A outra tendência insofismável que atinge a grande maioria deles é a síndrome do pânico da traição, acham os candidatos, que serão “traídos”, ou estão sendo “traídos”, por aqueles que os apoiam. Assessores, parentes, amigos, são as principais vitimas. E neste estágio que os mentirosos profissionais se aproximam do incauto. Dando-lhes esperanças, bajulando-os e iludindo-os, falando exatamente o que ele quer ouvir e muitos perdem a eleição por conta disso. Embora jamais assumam suas limitações, erros e equívocos. Todos os erros são atribuídos a terceiros. A velha máxima “ a culpa é minha e eu ponho ela em quem eu quiser” é quase lei para a maioria destes candidatos.

Nesta fase, também surgem, no geral, o papel, quase fatal de três personagens, que estão na base da maioria das desconfianças e dos surtos psicóticos que atingem os candidatos a véspera do pleito. São o conjugue (marido ou esposa), motorista (este é um perigo, fonte de informação constante e perniciosa, que quase sempre são invenções ou ilações) e o segurança.

Em sua grande maioria transformam-se em verdadeiros gênios eleitorais de uma hora pra outra. Arrumam defeitos e confusões, geralmente com aqueles que aos olhos deles são ameaça a sua proximidade com o futuro detentor do cargo eletivo.

E aí? Bem …. no próximo artigo eu continuo….

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