Contrastes do Fórum Social Mundial

Uma das características mais extraordinárias do Fórum Social Mundial é a sua pluralidade de idéias e de reivindicações. Há espaço para debater a defesa da pulga da patagônia, os dilemas do aquecimento global do planeta, o crescimento econômico mundial, o

Me chamou particularmente atenção a situação e a luta de Al-Jumhūrīyâ al-Arabīyâ as-Sahrāwīyâ ad-Dīmuqrātīyâ (República Árabe Sarauí Democrática) ou simplesmente Sahara Ocidental, que apesar de ser considerado pela ONU como um país ocupado, Marrocos o considera parte de seu território.


 



Sahara Ocidental, capital Al Aaiún, é um território de aproximadamente 284 mil km2, limitado ao norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, por onde faz fronteira com a região autônoma espanhola das Canárias.


 



Foi ocupado pela Espanha por 250 anos. A partir de 1975 está sob ocupação de Marrocos. A conseqüência mais brutal dessa longa ocupação é precisamente o desterramento de mais de 160 mil pessoas que estão espalhados em “campos de refugiados” por toda a região africana. Apesar dessa longa ocupação espanhola, o seu povo continua falando árabe, lua língua nativa, embora também falem a língua do invasor.


 



A situação do Sahara Ocidental dá bem a dimensão dos contrastes do Fórum Social Mundial. Neste espaço plural alguns podem se dar ao “luxo” de lutar pela salvação das pulgas, enquanto outros ainda lutam pelo direito elementar de ter uma pátria, um país soberano acatado por todos.


 



Lamentavelmente essas situações se multiplicam, na medida em que as guerras de ocupação e de pilhagem se ampliam mundo afora. Iraque, Afeganistão, Palestina, dentre outros, não nos permite esquecer.


 



Quem será a próxima vítima?

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