A Crise

Foram os franceses que trouxeram para a Europa, durante a Idade Média, a beleza dos poemas árabes da época, que se espalharam pelo resto do Velho Continente. Entre eles, existia Hariri que entre muitas coisas afirmava -aquele que tem uma língua e não fala

O poema é figurado, mas o sentido é direto. Alagoas vive atualmente uma situação geral bastante delicada. A História não pode ser metamorfoseada em presente contínuo, sem memória, sem passado ou futuro. Alguns desejam transformá-la de acordo com a conveniência do momento.


 


 
Os índices de pesquisas avaliando o desempenho do atual executivo, demonstram que 71% dos alagoanos desaprovam o atual governo em seu breve início. Indicam claramente que 84 % dos mesmos cidadãos não aprovam a maneira com que se conduz a situação dos servidores públicos estaduais.


 


 


É impossível ignorar que muitas coisas andam erradas. Trata-se de reducionismo configurar tamanha insatisfação ao campo restrito da luta sindical, liderado por meia dúzia de “oportunistas” apoiados por um ou dois partidos políticos “infiltrados” nas constantes manifestações que sacodem a capital alagoana.


 


 


Essas organizações concordem ou não alguns, possuem um ideário, adotam abertamente uma posição de solidariedade para com as reinvidicações em pauta.


 


 


Vivenciamos, em outubro passado, uma eleição em que a virulência das acusações entre os candidatos, nos programas eleitorais, ultrapassou incalculavelmente as palavras de ordem atuais. É a democracia. Na verdade as chagas sociais que assolam o nosso estado são reais.


 


 


Negar o papel do Estado ou reduzi-lo ao mínimo será ignorá-lo como indutor de políticas públicas econômicas e sociais. Não há no mundo, nação que continue aplicando as fórmulas neoliberais de décadas passadas. Ao contrário, os EUA reforçam ao extremo o seu espaço. A Europa amplia as suas responsabilidades em todos os campos. No Brasil é impossível indicar onde o Estado não se encontra presente, subsidiando, apoiando, investindo.


 


 


A crise é política. O bom senso diz que no governo os políticos experientes conduzam os técnicos nas mediações em busca de soluções realistas.

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