Comunistas de todo o Brasil debatem rumos da Comunicação (1)

Em breves dias terá lugar em São Paulo, a 23 e 24 de maio, o Encontro Nacional de Comunicação do PCdoB, cuja preparação entra em sua reta final. Este encontro se realiza anualmente como uma das expressões dos esforços da Secretaria Nacional de Comunicação do Comitê Central do PCdoB para formar a inteligência coletiva no setor e cultivar o exercício da direção coletiva, método consagrado da atividade dos comunistas.

O Encontro é organizado pela Comissão Nacional de Comunicação, órgão auxiliar da direção partidária, outra expressão do método da direção coletiva. Esta Comissão passou a ter nova composição a partir da realização do 13º Congresso do PCdoB, mas como instância organizada, tem existência longeva e ininterrupta.

A edição de 2014 do Encontro de Comunicação se realiza no momento em que o País está imerso em aguda e intensa luta política. O consórcio oposicionista – formado pelos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos e a mídia golpista, que representam os interesses dos setores mais neoliberais e conservadores das classes dominantes – estão em plena ofensiva política, do que faz parte a criação de um clima artificialmente negativo no País.

No quadro da luta de ideias do embate eleitoral, difunde-se exaustivamente a opinião de que o ciclo inaugurado com a eleição de Lula em 2002 e que prossegue até hoje sob a liderança da presidenta Dilma se esgotou. Igualmente, transmite-se a ideia de que o país está mergulhado no caos, em crise política, governamental, econômica e social.

O dever dos comunistas que atuam neste setor é mostrar que é falso este diagnóstico, como é falsa a análise de que o desejo de mudança que os brasileiros manifestam na presente conjuntura possa ser confundido com a rejeição ao rumo geral que o País vem trilhando ou com a decisão de derrotar nas urnas a presidenta Dilma.

O governo da presidenta Dilma continua com altos índices de aprovação e a intenção de voto majoritária é pela sua reeleição.

O Encontro Nacional de Comunicação dos comunistas deve captar bem os sinais da realidade e compreender que o Brasil está diante de uma encruzilhada política. Em cada episódio da conjuntura nacional vão delineando-se os termos dessa encruzilhada: avançar no rumo das mudanças iniciado em 2002 ou retroceder ao neoliberalismo conservador sob o domínio da oligarquia financeira e do imperialismo.

Na opinião dos comunistas, o momento é propício para a conscientização e a mobilização do povo e fortalecer sua unidade. É necessário preparar um discurso político agudo, que cale fundo nos desejos de avanço da maioria esmagadora do povo brasileiro, que pode encontrar sua tradução mais concentrada numa plataforma de luta pelas reformas estruturais democráticas, para que a nação dê novos passos no rumo do aprofundamento da democracia, do reforço da soberania nacional e do progresso social.

A nossa propaganda política e eleitoral deve ser capaz de renovar as esperanças do povo brasileiro na luta por mudanças no País, pela realização das reformas política, da mídia, agrária, urbana e tributária, pela universalização dos direitos sociais, pela abertura de nova etapa na execução das tarefas do projeto nacional de desenvolvimento.

A propaganda política e eleitoral dos comunistas reflete com inteireza e sem qualquer dubiedade a decisão política do Partido de lutar pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff como a tarefa política mais importante no ano de 2014. Independentemente da diversidade de quadros locais, o PCdoB tem apenas uma candidatura à Presidência da República. Aécio Neves e Eduardo Campos pertencem ao consórcio oposicionista. A atividade de comunicação do Partido deve ter o maior entrosamento com a da campanha pela reeleição de Dilma.

Tem valor estratégico para o Partido a luta pela eleição de numerosas bancadas à Câmara dos Deputados, às assembleias legislativas e dos candidatos ao senado e a governo de estado. A propaganda eleitoral de nossas candidaturas a todos esses postos eletivos não é uniforme, dada a diversidade de cenários locais, identidades individuais e representatividade social e cultural dessas candidaturas. Cada comitê estadual, comitê municipal e comitê de campanha terá sua forma própria de abordar o eleitorado a partir das peculiaridades locais. Nesse quadro, é importante manter o elo com a campanha nacional, suas bandeiras gerais, o nome, a sigla e o símbolo do PCdoB, que devem aparecer com destaque, ao lado dos nomes dos candidatos e das coligações, em todas as peças de campanha produzidas pelo Partido nas campanhas a eleições majoritárias e proporcionais.

(1) A segunda parte será publicada na próxima semana

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