Eleições e economia

As próximas eleições de outubro para prefeitos e vereadores representam um ensaio geral para a intensa batalha de 2014 na luta pela presidência da República e demais instâncias de poder, governos estaduais, Senado, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas.

Ao que tudo indica, caso não surjam graves fatores desestabilizadores, o governo federal deverá reforçar enormemente a sua base política institucional preparando assim as condições e o terreno para o grande confronto com as oposições no pleito seguinte.

Mantida a alta popularidade da presidente da República, com a aprovação de mais de 70% dos brasileiros, tudo indica que ela deverá influenciar na vitória dos seus aliados na maioria das capitais, grandes, médias cidades.

Caso isso se concretize a resultante será a total fragilização da oposição que já se encontra combalida, desprovida de uma plataforma ou discurso que leve a ampliar a sua base social de apoio.

Mas o governo federal tem um sério desafio para o futuro próximo que será reverter as consequências negativas da crise econômica capitalista global que incidem na economia brasileira reduzindo gravemente as taxas de crescimento do produto interno bruto nacional.
O diagnóstico de vários economistas respeitáveis do País aponta para um processo de desaceleração dos indicadores que sustentaram o atual ciclo de desenvolvimento da nação e possibilitaram o fortalecimento do campo político do governo federal através do otimismo da população e suas perspectivas de vida.

Principalmente com a emergência de milhões de brasileiros que saíram das faixas de pobreza, onde se encontravam indefinidamente, para novos patamares sociais favorecendo o acesso dessas camadas ao consumo.

Mas os números demonstram que o modelo econômico centrado fundamentalmente no consumo já não responde, como nos governos Lula, aos efeitos danosos da crise econômica mundial porque a capacidade de endividamento da população encontra-se saturada.
Significa também que esse modelo encontra-se superado, esgotado, precisa ser substituído urgentemente por uma nova política de longo curso que reverta o sucateamento do parque industrial, promova investimentos pesados em infra-estrutura, educação, saúde, ciência e tecnologia.

Assim, o futuro da presidente Dilma em 2014 vai estar associado à materialização de um novo ciclo de desenvolvimento nacional estratégico.

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