2012 Pode ser melhor

O ano que encerrou foi, no fundamental, bom para os trabalhadores. O Brasil avança economicamente, mesmo diante da crise global do capitalismo. A política de salário mínimo registra um dos maiores vencimentos de toda a história.

Os programas sociais asseguram a inclusão de milhares de pessoas a um padrão mínimo de renda. A taxa de desemprego é uma das menores já registradas na série histórica. Programas com juros subvencionados de 0,5 e 2,0% ano garantem o financiamento de milhares de agricultores familiares e o acesso à aquisição de máquinas e equipamentos. O “luz pra todos” vai se tornando uma realidade, mesmo na Amazônia, onde as dificuldades de logística vão sendo superada pela teimosia dos técnicos e a bravura de sua gente.

Aos poucos a população vai compreendendo o quanto os governos de direita, especialmente os da era FHC – magistralmente retratados no livro “privataria tucana” – foram nefasto aos trabalhadores e aos interesses da nação como um todo. Mesmo sem ser especialista em economia o povo entende que se tivéssemos continuado subalterno aos americanos e aos FMI da vida nós também teríamos sido varridos pela crise capitalista que assola o mundo. Percebe com clareza a demagogia da direita que agora ameaça fazer demissões por conta do aumento do salario mínimo quando ontem fazia proselitismo apresentando aumento ainda maior. E quando a direita critica os juros subvencionados, os trabalhadores percebem que eles querem reduzir seu acesso ao crédito e a compra de máquinas e equipamentos que lhe permita modernizar a produção no campo.

E esses avanços foram feitos com uma política macroeconômica ainda bastante restritiva, que combina cambio sobrevalorizado e uma das maiores taxas de juros do mundo.

Por isso é que acreditamos que 2012 pode ser ainda melhor, desde que o governo central se livre de mais essa “herança maldita” da era FHC e de fato libere a economia para crescer. Não é necessário magica. O caminho geral é esse, que combina política comercial externa ampla e estímulo ao consumo interno, o qual pode ser pode ser consideravelmente potencializado com uma política cambial mais realista e uma taxa de juro nos padrões internacionais.

Uma peça fundamental para impulsionar essas mudanças e assegurar esses avanços depende da mobilização popular e, em especial, da pressão positiva que podem e devem fazer os movimentos sociais, tanto no sentido de ampliar os programas sociais e linhas de créditos subvencionadas, quanto para reduzir as taxas de juros astronômicas que os banqueiros ainda impõe ao governo.

Presidente Dilma, vamos avançar, para que 2012 seja ainda melhor.

P.S. em janeiro darei “férias” aos meus eventuais leitores para retornar em fevereiro, mês de meu aniversário, procurando, também, fazer um 2012 ainda melhor.

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