"Mol-TaGGe: arte, cultura e vintage", uma galeria virtual

"A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade"

Na iminência de "bater a biela", gosto de ver coisas belas, diante das quais desacelero. Na web, sacio meus desejos de apreciar o belo, obras de arte, por exemplo, sobretudo pintura em tela, embora sinta que ficar diante de um quadro real não há o que pague.

MarGGa Duval diz que em breve teremos em nossas paredes, virtualmente, os quadros que quisermos, bastando apenas "clicar". Imaginei a minha sala adornada por Monet, Renoir, William Clark Wontner, Tarsila, Djanira, Cézanne e tantos outros…

O escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900), em "O Retrato de Dorian Gray", diz que o artista é o criador de coisas belas; que revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte; que toda arte é ao mesmo tempo superfície e símbolo; e que toda arte é completamente inútil, do que discordo porque a paz interior que sinto diante de algumas obras de arte é indescritível.

Há um blog de arte que amo visitar, que é o "Mol-TaGGe: arte, cultura e vintage" <http://mol-tagge.blogspot.com>, da MarGGa Duval, a quem cedo a palavra: "Profissionalmente nasci quando a melhor propaganda do Bombril estava no auge (Bombril, mil e uma utilidades): jornalista, redatora e revisora; eventual na área de editoração eletrônica; artesã por opção etc. etc. etc. Comecei a blogar como alguém que gosta muito de escrever, é apaixonada pelas artes, o vintage e o retrô, que adora música e ama as imagens. Foi assim que nasceu o Mol-TaGGe…".

O Mol-TaGGe sacia a minha sede pelo belo porque é uma permanente exposição reveladora de uma singular história da arte, pois une o vintage ao moderno e ao contemporâneo. Lá estão artistas brilhantes. A maioria eu jamais poderia apreciar não fosse o mundo virtual. A MarGGa apresenta cada obra de um modo que a gente vai se "ilustrando"… Ou seja, lá também fico menos ignorante em arte.

Até conhecer a MarGGa e a sua magia de blogueira de arte, eu não tinha consciência de por que a protagonista do meu livro "Reencontros na Travessia – A Tradição das Carpideiras" (Mazza Edições) é uma pintora… Até que, depois de muita insistência de um irmão dela, um colega de trabalho, recebi o e-mail que segue: "Olá Fátima!!! A intimidade se deve a duas boas razões. Uma, a amizade e o carinho que meu irmão lhe dedica – amiga de "irmão meu" é minha amiga por tabelinha. Duas, o profundo carinho que senti por Cássia (vulgo Cacá), filha de Grotões dos Bezerras; tia Lali – ‘mulher simples, parteira e cantadeira de incelência, de forma docemente gostosa, que amava umas gotinhas de Chanel nº 5’ (grifei); Pablo, o homem bom de pegada; e Socorrinha, Abgail, Brígida, Josina, Zuleide, Maria do Amparo… Bom, taí, bem explicadinho, o motivo da intimidade.

Não sei bem qual a razão do Jefferson insistir para que lhe envie algumas coisas que faço. Talvez por acreditar que tenhamos muito em comum; ou, quem sabe, por achar que você se interessaria pelo meu trabalho; ou, pode ser que ache interessante… Mas você sabe como é irmão, não é (!?), então, por favor, dê o devido desconto.

Mesmo antes de ter lido seu livro ele já me falava de você e me dizia para lhe enviar meus trabalhos. Sempre relutei porque nunca entendi muito bem, mas, depois do ‘Reencontros na Travessia – A Tradição das Carpideiras’, senti-me à vontade".

A Cacá, a pintora do meu romance, simboliza o meu deslumbramento pelas imagens em tela e o que elas significam em minha vida: oásis. Picasso estava certo: "A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade".

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