O sentido do progresso

 

A luta dos trabalhadores por melhorias salariais e das condições de trabalho é constante. É espontânea na maioria dos casos, às vezes organizada pelos sindicatos, e mais raramente por aqueles partidos políticos que têm, em suas bandeiras, a defesa dos direitos e conquistas da classe trabalhadora como pontos centrais.

Os interesses dos trabalhadores configuram, em uma dada situação, a pauta trabalhista da sociedade que, em geral, coincide com as aspirações sociais. Hoje, no Brasil, a luta por maiores salários coincide com a necessidade social de crescimento econômico e distribuição de renda. A pauta trabalhista é também uma pauta produtivista em que todos os produtores, trabalhadores e empresários, entram em confronto com os rentistas e os especuladores.

Em um momento determinado, os interesses individuais abrem caminho aos interesses coletivos e estes passam a exigir a unidade de ação dos movimentos sociais.

Vivemos um momento assim, onde a resistência surda dos trabalhadores soma-se às iniciativas mobilizadoras das centrais sindicais e de alguns partidos políticos e todos juntos passam a exigir ou respaldar medidas de desenvolvimento e justiça social.

É como enxugar gelo. Quanto mais fazemos, mais devemos fazer. Quanto mais avançamos, mais problemas novos surgem. E, sobretudo, devemos nos precaver contra o “espírito de porco” que procura sempre perverter as vitórias e inverter o sentido progressista do processo.

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