Plano de Cargos e Concurso. Prática da Esquerda

No auge da política neoliberal, quando a direita comandava a maioria dos países do mundo, incluindo toda a América do Sul, a pauta política que prevalecia era a precarização dos direitos sociais e trabalhistas, bem como a transferência de bilhões de ativos públicos para a iniciativa privada. No Brasil, Collor e FHC (PSDB), foram a expressão acabada dessa política.

Os PDV (Plano de Demissão Voluntária) foi a forma que a direita encontrou para se livrar de milhares de servidores públicos, mesmo os estáveis, muitos dos quais até hoje apresentam graves sequelas profissionais. E o assalto ao patrimônio público ocorreu através das privatizações de bancos, companhias de agua, mineradoras, portos, telecomunicações, etc. Algumas empresas eram “vendidas” por um valor tão aviltado que no ano seguinte a mesma já valia 2, 3 vezes o valor pelo qual havia sido transacionado.

Nesse período, palavras como planos de cargos e salários para servidores era sinônimo de palavrão e concurso público, então, era tido como heresia, algo defendido apenas por uma minoria de “renitentes”, dentre os quais a brava militância do PCdoB, os quais, segundo a direita, representavam os “dinossauros” que lutavam contra as reformas “modernas”.

O tempo passou. Essas “modernidades” se revelaram no que efetivamente eram: uma plataforma reacionária a serviço especialmente do capital especulativo e dos Estados Unidos da América. A medida que América do Sul, a Índia e a China, dentre outros, derrotaram essas políticas e consequentemente diminuíram a transferência de recursos nacionais para as economias imperialistas elas não resistiram, sendo a quebradeira da Europa e mesmo dos EUA a expressão mais acabada dessa vulnerabilidade.

É hora, portanto, de se retomar a plataforma do movimento social. De nossa parte temos o orgulho de anunciar que, graças a uma lei de iniciativa do governador Omar Aziz, o sistema SEPROR, passou a contar, desde o início do ano, com o primeiro plano de cargos e salário de toda a sua história. E, de igual forma, acaba de ser publicado o edital para a realização do primeiro concurso público em 54 anos de existência da Secretaria de Estado da Produção Rural, aí incluído os 8 anos em que ficou sem funcionar por ato do então governador Amazonino Mendes.

Como se percebe, esquerda e direita são coisas bem distintas!

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