Xô crise, estou fora!

Há momentos em que a História pesa sobre os seres humanos e lhes dificulta tomarem as melhores decisões. É o que anda acontecendo agora nos Estados Unidos, na Europa e no Japão assolados por uma crise renitente que sacrifica milhões de trabalhadores e esconde deles o caminho da resistência e da superação dos seus problemas.

Os responsáveis pela bancarrota neoliberal têm conseguido manter o leme de sua orientação perversa e, no máximo, são contestados com indignação espasmódica ou por resultados eleitorais que punem os governos de plantão, sem maiores conseqüências.

Na crise a direita se afirma, radicaliza suas posições e manobra com populismo, protecionismo, xenofobia e ódio ao “estado de bem estar social”.

O movimento sindical dos trabalhadores, sem protagonismo, está ausente do cenário social e, quando comparece, o faz com uma intransigência diretamente proporcional à sua impotência.

Este é o quadro, infelizmente, na maioria dos países ricos e em muitos outros que sofrem a subordinação total às agruras do primeiro mundo.

Não é o quadro brasileiro. Em uma conjuntura econômica e social favorável, com plena democracia, o protagonismo do governo tem se afirmado com arbitragens continuadas e conseqüentes que indicam – em sua totalização – o rumo correto de defesa do mercado interno, de distribuição de renda, de garantia do crédito e soberania nacional.

Nem é preciso ensaiar a demagogia do taxamento das grandes fortunas; a queda da taxa Selic é a maior expropriação real dos afortunados rentistas.

O movimento sindical brasileiro, com sua pauta trabalhista e unitária, com suas campanhas salariais fortes e de resultados positivos e com iniciativas pontuais capazes de garantir medidas estratégicas na economia, na sociedade e no relacionamento com outros países, também afirma seu protagonismo e confirma seu caráter de maior movimento social brasileiro.

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