Um bom começo

Houve grandes manifestações dos trabalhadores organizados pelos sindicatos, federações, confederações e centrais no dia 6 de julho; nelas participaram as entidades mais expressivas dos movimentos sociais.

Todas juntas marcaram o início das jornadas nacionais em defesa da pauta dos trabalhadores no Congresso Nacional e a preparação das grandes campanhas salariais do segundo semestre. O deputado federal Paulinho da Força, em um lance de inspirada iniciativa, “revolucionou” Brasília, na véspera do dia nacional de manifestações, com um porco no rolete que atraiu centenas de deputados, senadores, ministros, autoridades e dirigentes sindicais de todo o Brasil. Trata-se de convencer com argumentos, com amizade e com alta gastronomia popular brasileira.

Na sexta-feira dia 8 os metalúrgicos de São Paulo e São Bernardo manifestaram-se fortemente com manifestação e paralisações contra a desindustrialização. Em vários estados, as centrais estão realizando plenárias, encontros e assembleias para consolidar a pauta e organizar o movimento. A UGT fará seu congresso estatutário onde mais viva se acenderá a chama unitária e de participação.

A campanha prossegue em cada região do Brasil e atinge o seu ponto alto dia 3 agosto em São Paulo com a grande passeata que sairá do Pacaembu. Em seguida acontecerão as mobilizações de campanhas salariais nas datas-bases em busca de “intensos” ganhos reais.

O movimento sindical unido e mobilizado procura recuperar o protagonismo social que já teve quando o povo brasileiro derrotou a ditadura militar.

Como diz Clemente Ganz Lúcio, do Dieese, de maneira convincente e demonstrando com dados, há uma janela de oportunidades para o movimento sindical avançar com sua pauta: “Ou fazemos agora ou nos arrependeremos no futuro quando nossos filhos nos cobrarão pela oportunidade perdida”.

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