Crise, eleições e partidos

Em meio a um extraordinário vendaval financeiro internacional o Brasil resiste, demonstra vigor econômico e mantém uma perspectiva de crescimento de mais de 6% do seu PIB ainda este ano, exatamente o ano em que a crise atinge a Europa em cheio como uma bomba.

Mas é preciso que o País adote medidas de precaução em relação ao nebuloso cenário mundial. Um quadro de grandes instabilidades econômicas e uma perigosa sucessão de conflitos geopolíticos provocados pela resistência, que se amplia, de vários povos à diplomacia de porrete dos Estados Unidos da América.

A política externa dos EUA mais parece com as atitudes de uma pessoa em crise e descompensada, seguida de perto pelas recentes e violentas agressões do seu aliado incondicional no Oriente Médio, o Estado de Israel. Como se não bastassem os episódios do navio afundado entre as Coréias, a preparação midiática de um ataque anunciado contra o Irã.

Ora, esse cenário não é brincadeira porque mistura tensão militar com econômica em altas proporções e que são suficientes para concluirmos que há no ar cheiro de nitroglicerina pura.

É nesse contexto que o Brasil deve adotar todas as medidas cautelares necessárias a fim de proteger o crescimento econômico tendo como um dos seus pilares o substancial mercado interno, um dos responsáveis fundamentais para que a nação venha atravessando a tempestade em pleno ritmo de economia vitoriosa.

E como não há economia sem subordinação às orientações políticas, a opinião pública nacional, vale dizer, os eleitores brasileiros, estão muito bem atentos ao grau de responsabilidade e competência do governo Lula.

Porque o País e a sua administração estão sendo submetidos a duras provas de resistência e vêm se conduzindo com êxito inquestionável.

A resistência do presidente da República em implementar, no auge da crise, medidas recessivas cobradas pela grande mídia global, semelhantes àquelas implementadas por todos os dois governos FHC, mostrou-se acertada.

E não apenas justas, mas estrategicamente distintas e antagônicas, como políticas econômicas, da linha neoliberal de FHC, e do seu candidato o senhor José Serra.

No andar dessa carruagem será praticamente inevitável o crescimento da senhora Dilma Rousseff como também o declínio do candidato tucano. A outra questão é que não há a menor dúvida sobre o caráter plebiscitário destas eleições. Assim como o futuro incerto de alguns partidos.

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