Santos e o papel da Branca de Neve no Reino dos 7 Anões
Às vésperas da Copa, o Santos provou ser possível concatenar um belo futebol e competitividade. O brilho de Neymar, o retorno de Robinho e os gols de André somam-se à genialidade de Paulo Henrique Ganso, o grande maestro de apenas 21 anos.
Publicado 06/05/2010 20:29
No dia 11 de maio, o treinador com nome de anão divulgará a lista de jogadores que comporão a seleção brasileira de futebol, que buscará o hexa na África do Sul.
O próprio amigo do Feliz já afirmou que futebol não era momento, mas que os próprios jogadores se convocavam ou não para o selecionado canarinho.
Não há momento melhor que o dos meninos da Vila, nem jogadores que mais mereçam a convocação que Neymar e Ganso. O último, inclusive, brigaria por vaga no time titular!
Muito se discute na imprensa esportiva sobre quais jogadores devem ser substituídos no grupo do colega de Zangado (embora muitas vezes mais zangado que o colega), mas essa é a tarefa do treinador: achar lugar para os dois.
Os torcedores conhecem bem as características do parceiro do Dengoso como jogador: muita garra, muito grito, uma cabeçada no Bebeto em 98 e alguma qualidade técnica. Mas o próprio também conhece a tradição do nosso futebol, e sabe que o nosso diferencial é a picardia com a bola nos pés. Esta nos levou aos 5 títulos mundiais.
Se o Paulistinha é pouco para mostrar o que esses meninos são capazes, sua final evidenciou a necessidade de convocá-los. Neymar fez dois gols na decisão e Ganso mostrou ter inteligência e experiência incomum para garotos da sua idade.
Nos minutos finais, quando o Santos se encontrava em maus lençóis na partida, Ganso, sozinho contra 3 ou 4 marcadores do Santo André e milhões de olhares apreensivos, segurou a bola no ataque com sabedoria de Mestre.
Talvez o camarada do Atchim não goste de um jogador que se recuse a ser substituído por saber de sua importância para o jogo. Afinal de contas, seu perfil é disciplinador, bem parecido com aqueles que nos fizeram sucumbir nas Copas de 74 e 78.
Eis o grande mérito do treinador do Santos, pois percebeu que sua interferência em demasia poderia prejudicar o que havia de mais importante no time, sua capacidade de resolver a partida jogando bola em direção ao gol, sempre!
Muito melhor que aquele futebol burocrático e chato que nos faz tirar uma Soneca. Podemos ser hexa de uma forma muito mais bonita e cravarmos mais uma seleção na história das Copas.
Por isso fica o pedido: Dunga, não tire dessa história sua personagem mais bonita. Chama a Branca de Neve!!!
Convoque a molecada da Vila!!! Em 58, tinha um garoto de 17 anos que provou que dá certo, Precisa dizer quem???