A Escalada do Ódio

Há, no Brasil e no mundo, uma inegável onda reacionária. São inúmeros os exemplos noticiados pela imprensa não comprometida com a intolerância de uma cruzada ideológica desvairada, provocadora, inimiga do progresso social, e inclusive, do avanço científic

Sem dúvida, apesar das inovações tecnológicas, da globalização do capital volátil através da internet, da informação instantânea nas imagens e sons, o terceiro milênio nasceu sob o signo das trevas.


 



Não falamos sobre as guerras que pipocam em vários países, sempre promovidas pela disputa por matérias primas valiosas, como o petróleo, no Iraque, Afeganistão, a anunciada invasão contra o Irã, a persistente tentativa de desestabilização contra o governo legitimamente eleito da  Venezuela e vários outros.


 



Há outros objetivos, como as questões de caráter geopolítico, as novas cruzadas religiosas, a revitalização do complexo industrial-militar, requentando as linhas de produção de armas mortíferas. Estamos em pleno século 21, mas em vários aspectos, há uma nítida sensação que regredimos a um período anterior ao Renascimento. 
Promovem-se ataques contra a honra de líderes nacionalistas, de revolucionários, como Che Guevara, que almejavam uma época de mais justiça e liberdades. Transformam virtudes e defeitos, próprios da condição humana, em falsidades, monstruosas aberrações.


 



Tentam, através do poder da grande mídia externa e interna, macular biografias de grandes figuras da História. Dos que doaram a sua existência pela causa dos oprimidos, dos mais desfavorecidos, dos humilhados. Buscam anular a confiança, principalmente entre as novas gerações, no sentimento que um mundo melhor é possível, factível.


 



Através do monopólio da informação, negam às sociedades o direito inalienável da informação, dos acontecimentos passados, adulteram cinicamente o presente.
Entendo que vivenciamos a escalada de uma espécie de fascismo, onde até antigos combatentes pela democracia são cooptados para essa nova empreitada ao estilo de Goebbles, teórico da propaganda nazista.


 



Há uma imensa luta de idéias. É preciso enfrentá-las com as causas imorredouras do progresso, sem aceitar as provocações. Porque é tudo o que eles desejam. Ou seja, o confronto irracional, na amargura do pântano onde sobrevivem, destilando veneno contra a esperança e a liberdade.

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