Um comício na Cinelândia com Dilma, mesmo sem ela lá!

Sim, a frase que dá título a esta postagem é algo estranha, sou obrigada a concordar. Mas, foi isso mesmo que aconteceu ontem: um lindo encontro com gente de todo o tipo rumo à vitória de Dilma neste segundo turno das eleições brasileiras. Bom, disso todos sabemos.

Partindo para a frase, por partes, comícios costumam ser atividades realizadas em praça pública com a presença do candidato, aliados no palanque e presentes ao evento. Não é exatamente um encontro de trabalho, mas é um tipo de tarefa que orienta a continuidade da campanha e ajuda a contagiar quem por acaso passe perto ou tenha dele notícia. Eu, que já tive a honra de ter participado dos comícios memoráveis da primeira campanha do Lula, em 1989, vejo o comício como um tipo de festa, já que estamos juntos, com conhecidos e desconhecidos unidos por um objetivo que a eleição simboliza, mas não encerra. Eu explico.

O dia da eleição é sim um momento importante, bem como a vitória do candidato que defendemos, no caso específico deste segundo turno dia 26 de outubro é a reeleição da Dilma que importa. No entanto, a construção de um projeto – de país e de vida – conta com datas chaves no geral, mas necessita da construção e atenção diária, do maior número de pessoas.

Então, quando o governo de Lula e Dilma, que simbolizam uma aliança que envolve outros partidos, dos quais destaco o PC do B, bem como entidades e setores da sociedade, quando este governo abre portas como Prouni, Pronatec, Ciências sem Fronteiras, por exemplo, como eu contribuo com a construção? Eu vou participar, nos três casos citados, eu vou estudar, eu disponibilizo o meu tempo pra isso, eu mostro essas possibilidades a vizinhos e amigos, aos mais jovens. Ou seja, eu me dou ao trabalho de participar.

Quem me conhece, principalmente os meus filhos, sabe que eu sou uma pessoa que costuma ter certos assuntos "refrões" ou "bordões", que participam constantemente da minha vida. Estudar, talvez, seja o principal deles. O entendimento de que nada na vida é simples, começando pelo próprio ser humano, é outra característica constante em mim. E uma última: nada cai do céu, se eu não cuidar do que me interessa, ninguém me oferecerá pronto numa bandeja.

Hoje, assistindo a telejornais (porque ainda não perdi esse vício), vi notícia de que concluíram agora um fóssil encontrado a 50 anos atrás. Cinquenta anos de pesquisas, galerinha! Que grande projeto construímos rápido? Nenhum. Filhos, são, no mínimo, os 18 anos em que são "legalmente menores", que temos para formar um cidadão! Temos a vida inteira pra aprender e aplicar o que aprendemos na construção da nossa vida e da vida do conjunto da nação.

Costumo, para finalizar, recorrer aos que viveram antes de mim, aos mais velhos, vivos ou não, para colher o que aprenderam. Hoje penso em Gonzaguinha. Ouçamos Gonzaguinha e vamos dançando nos bailes da vida, como ontem no comício que fizemos com a Dilma representada em cada um de nós que estava lá, eu, minha menina Bruna, Aglaete, Ana Rocha, Dilcéia Nahom, Djalma Conceição, Helinho, pequena Bartira, cada um de nós que constrói esse país!!

"Começaria tudo outra vez/ Se preciso fosse, meu amor/ A chama em meu peito ainda queima/ Saiba, nada foi em vão/ A Cuba libre dá coragem em minhas mãos/ A dama de lilás me machucando o coração/ Na sede de sentir seu corpo inteiro/ Coladinho ao meu/ E então eu cantaria a noite inteira/ Como já cantei, eu cantarei/ As coisas todas que já tive, tenho e sei/ Um dia terei/ A fé no que virá/ E a alegria de poder olhar p'ra trás/ E ver que voltaria com você/ De novo viver nesse imenso salão/ Ao som desse bolero/ Vida, vamos nós/ E não estamos sós/ Veja, meu bem/ A orquestra nos espera/ Por favor, mais uma vez/ Recomeçar." Gonzaguinha

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