Manuela d'Ávila: “Ocupar a política para transformá-la”

Em vídeo publicado em suas redes sociais, a pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela d’Ávila, destaca um pronunciamento que fez para os jovens que participaram do 19º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS) realizado no último fim de semana (de 13 a 15 de julho), em São Paulo-SP que é precisa "ocupar a política para transformá-la".

Manu no Congresso da UJS - Foto: Karla Boughoff / UJS Brasil

No Congresso, mais de três mil jovens de todo o país se reuniram no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) para participar de palestras, debates e grupos de discussão.

No sábado (16), em discurso comovente, Manuela ressaltou a necessidade de os jovens ocuparem a política. “Quando nós ocupamos a política, nós podemos, sim, transformá-la”, afirmou para uma plateia de 300 jovens oriundos dos quatro cantos do país.

Manuela incentivou os jovens a usarem a inconformidade e a rebeldia, próprias da juventude, para transformar a “velha” política e construir um socialismo próprio do Brasil. “Se a gente junta as garotas, os garotos, que nós somos, com a inconformidade, com a rebeldia e com a convicção que é possível sim, construir o socialismo brasileiro, verde e amarelo. Um socialismo com a cara do povo que é alegre, que canta, que trabalha, que é feliz, que construiu e que construirá uma grande nação”.

Políticas públicas para os jovens

A pré-candidata comemorou que a cada dia mais jovens lutam e querem construir um estado brasileiro voltados para as expectativas da juventude, mas questionou se o governo brasileiro já garantiu políticas públicas suficientes para que os jovens fossem livres. “Qual o estado que existe para a juventude? O estado da polícia que nos oprime? Que oprime os jovens negros? Que não acolhe as mulheres vítimas de violência? É esse estado que existe. É esse estado que nós não queremos!”, assegurou.

Segundo Manuela, a juventude necessita de escola pública, escola técnica, professores valorizados e universidades públicas para todos. “A gente precisa dizer, ‘nós somos milhares que queremos viver em um país que permita que nós todos, jovens, tenhamos a mesma possibilidade de realizar os nossos sonhos’”.

“Nós somos cada vez mais garotas e garotos que denunciam que esse estado só vai ser democrático, só vai combater a corrupção de verdade, só vai garantir políticas públicas para as mulheres, para os jovens, para as crianças se tudo mundo fizer parte dele”.

Sobre gostar ou não de política entre a juventude, Manuela afirmou que a elite brasileira diz que os jovens não gostam de política. “Não gosta mesmo, de qual política? Dessa elite feita pela própria elite? que todo mundo que ocupa o poder é homem, é branco, tem entre 50 e 60 anos. Eu não gosto. Vocês gostam dessa política? Não”.

E encerrou com a seguinte reflexão: “A gente não gosta dessa política e abandona toda ou a gente ocupa para transformar?”

Assista abaixo a íntegra do vídeo: