Após negativas de PR e PRB, Bolsonaro bate cabeça atrás de vice

Com a proximidade do prazo final para a inscrição das candidatura, Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL ao Planalto, bate cabeça atrás de um vice para a sua chapa. Nas últimas horas Bolsonaro já trocou de vice como trocou de camisa e após tentativas frustradas de alianças partidárias, ouvindo não do PR e PRP e se mantendo isolado.

Jair Bolsonaro - Reprodução

Com uma pré-campanha insuflada pelo fake news das redes sociais e pelo resultado das pesquisas de intenções de voto, Bolsonaro acreditou que uma fila de vices se formaria para apoiá-lo. Mas não foi o que aconteceu.

A chapa dos sonho de Bolsonaro era com o senador Magno Malta (PR-ES), por ter atuação junto ao eleitorado evangélico. Mas Malta recusou o convite e o pré-candidato passou a investir suas fichas numa chapa com o general da reserva Augusto Heleno do PRP. No entanto, a sigla brecou a aliança e Heleno informou ao partido que vai se desfiliar para atuar na coordenação da campanha de Bolsonaro.

Agora, a bola da vez é Janaina Pascoal, a advogada que ganhou notoriedade por assinar o pedido de impeachment de Dilma Roussef, após ter recebido pagamento do PSDB pelo parecer. Nesta quarta-feira (18), ela disse que não havia recebido convite oficialmente, mas não descartou a hipótese. "Não tenho como responder porque nada me foi perguntado… Se essa dupla acontecer, será para revolucionar o país", disse.

Enquanto se movimenta nos bastidores a caça de um vice para chamar de seu, Bolsonaro diz que não se importa com coligações. Segundo o Estadão, durante reunião com ruralistas ele teria tirado um aparelho celular do bolso e disse que não precisava de espaço no rádio e na TV nem aliar-se a partidos, pois iria apostar em conquistar o eleitorado por meio das redes sociais.

De acordo com analistas políticos, a dificuldade de Bolsonaro é que, apesar de ter um desempenho positivo nas pesquisas no primeiro turno, mas teria séria dificuldades em vencer a eleição no segundo turno., seja quem for o candidato.

Além disso, os partidos também estão preocupados com as candidaturas proporcionais, para a formação de bancadas no Congresso que seriam ainda mais prejudicadas com a aliança com o ultradireitista. Diante disso, Bolsonaro já trabalha com a ideia da campanha do "eu sozinho" e prepara um palanque.