FMI reduz previsão de crescimento do Brasil para 1,8% em 2018

 O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve nesta segunda-feira sua previsão sobre o crescimento da economia mundia este ano, em 3,9%, mas alertou sobre os efeitos de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

Michel Temer - Marcos Corrêa/PR

 Em compensação, a entidade financeira revisou em baixa a expectativa sobre o desempenho da economia da América Latina, de 2,0% a 1,6%, um corte de 0,4 punto percentual.

O Fundo destacou que essa redução é o reflexo da necessidade de ajustes na Argentina, do cenário de incertezas políticas no Brasil e das tensões comerciais ainda sem solução entre México e Estados Unidos.

No caso do Brasil, assinala que as perspectivas de crescimento são "pouco inspiradoras".

"A economia tem um desempenho abaixo de seu potencial, a dívida pública é alta alta e em elevação e, mais importantes, as perspectivas de crescimento de médio prazo permanecem pouco inspiradoras", destaca o FMI.

Para 2018, o FMI espera para o Brasil um crescimento de 1,8%; uma redução de meio ponto percentual em relação à estimativa de abril.

Para o FMI, o crescimento dos países desenvolvidos ficará em 2,4% (-0,1 ponto percentual) em 2018, com os Estados Unidos liderando (+2,9%).

O Fundo também reduziu a expansão prevista para a Eurozona (-0,2 ponto percentual, a 2,2%) devido a prognósticos mais baixos para a Alemanha (-O,3 ponto porcentual a 2,2%), França (-0,3 pp a 1,8%) e Itália (-0,3 pp a 1,2%).