Bolsonaro ameaça a democracia e o estado nacional, afima Brizola Neto 

 O ex-deputado e ex-ministro do Trabalho, Brizola Neto, foi lançado como pré-candidato do PCdoB a prefeito do Rio de Janeiro e afirmou que “é urgente o Rio de Janeiro retomar o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda para a população carioca”. Ele falou também do agravamento da crise provocada pelo obscurantismo e a política retrógrada do governo federal. “Bolsonaro é ao mesmo tempo uma ameaça a democracia e ao Estado Nacional”, disse.

Brizola Neto PCdoB - Foto: Divulgação

A pré-candidatura de Brizola Neto foi anunciada durante a Conferência Municipal do PCdoB do Rio de Janeiro, realizada no domingo (17), e que contou com a presença de quase 400 militantes. Na ocasião, o jovem líder político afirmou que a cidade “tem as maiores taxas de desemprego das capitais no Brasil, muito acima da média nacional, quase 500 mil desempregados e quase 1 milhão de pessoas na informalidade”

Sobre a o acirramento da situação política e a conduta entreguista do presidente Jair Bolsonaro, Brizola Neto afirmou:“De um lado afronta as instituições da República, o STF, o Congresso Nacional, os partidos políticos e também os órgãos de controle, o MP, a Polícia Federal, o COAF. Por outro promove o maior desmonte da historia do Estado brasileiro, privatizando empresas estatais estratégicas como a Eletrobrás, os Correios e a própria Petrobrás que está sendo esquartejada, abrindo mão da distribuição e do refino do petróleo, tudo isso para atender a agenda do mercado e entregar nossas riquezas para os interesses internacionais, especialmente o pré-sal”.

“Bolsonaro avança ainda contra os direitos da classe trabalhadora com sucessivas reformas das leis trabalhistas e com a reforma da Previdência. Para quem achava que Bolsonaro seria eleito para destruir o PT, o que realmente se verifica que ele se encarrega mesmo é de acabar com o que restava do legado da Era Vargas, as estatais e o regime de direitos e garantias”, acrescentou o pré-candidato.

Brizola destacou a importância para o país e para o Rio de Janeiro da retomada de uma política nacional desenvolvimentista. “De todos os estados da federação, sem dúvida nenhuma o Rio de Janeiro é o maior prejudicado pelo desmonte do Estado Nacional, especialmente com o que está ocorrendo com a Petrobras. Muito mais que dar lucro aos seus acionistas a Petrobras tem um papel estratégico que é desenvolver a cadeia produtiva do petróleo em nosso país”, salientou.

“Quando ela abre mão da sua função estratégica, compromete o projeto nacional e a soberania do Brasil no desenvolvimento das suas forças produtivas e o Rio de Janeiro, onde estavam concentrados a maior parte dos seus investimentos e o maior número dos seus fornecedores sofre muito com isso”, prosseguiu Brizola Neto.

Ele lembrou o dinamismo da indústria naval do estado e as consequências nefastas de uma política recessiva e de desnacionalização de nossas empresas. “Basta ver o que aconteceu com a nossa indústria naval, que tinha se reerguido, sendo a maior do país e uma das maiores do mundo. Hoje com o desinvestimento da Petrobras e o fim da política de conteúdo nacional, os estaleiros da Baía de Guanabara, que chegaram a ter mais de 50 mil empregos diretos, de alta qualificação e alta remuneração, voltaram a ser depósitos de sucata”, denunciou.

Ao falar de suas prioridades para o Rio de Janeiro, Brizola concentrou suas propostas na resolução do desemprego que atinge a cidade de forma aguda. “O Rio de Janeiro precisa urgentemente retomar o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda para a população carioca. Aqui temos as maiores taxas de desemprego das capitais no Brasil, muito acima da média nacional, quase 500 mil desempregados e quase 1 milhão de pessoas na informalidade”, destacou.

“A recuperação da economia também é fundamental para enfrentar a grave crise fiscal da Prefeitura para que ela volte a investir na melhoria dos serviços públicos especialmente em saúde e educação”, concluiu Brizola Neto.