Manuela d’Ávila diz que suspensão de radares aumenta insegurança

A ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) diz que a determinação de Bolsonaro em suspender o uso de radares estáticos, móveis e portáteis nas rodovias federais é uma medida que só vai aumentar a insegurança nas estradas.

Avante, Manuela D’Ávila! - Reprodução/YouTube

“Bolsonaro suspendeu o uso de controladores de velocidade nas estradas de um país onde já morrem 37 mil pessoas no trânsito por ano. Em locais com radares, há registro de redução de mortes e acidentes. A medida servirá apenas para aumentar a insegurança”, escreveu Manuela no Twitter nesta quinta-feira (15).

Consultado pela reportagem do jornal Zero Hora, o engenheiro civil e doutor em Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), João Fortini Albano, diz que o fim dos radares móveis "desmoraliza e descredibiliza" a lei, e é um equívoco do ponto de vista técnico.

“Esses sistemas (de controle de velocidade) levaram muito tempo para serem consolidados. Houve muita reclamação no começo, mas hoje vemos quantas mortes foram evitadas. É um retrocesso de tudo que já tínhamos conquistado”, afirmou.

No entendimento dele, a medida de Bolsonaro vai "incentivar" que condutores desenvolvam "maiores velocidades e até ultrapassagens indevidas".

“Serão prejuízos de toda a ordem. A maioria dos infratores utiliza as rodovias de forma correta. Mas há uma pequena porcentagem a quem esse discurso agrada”, disse.