Orlando, Gleisi e Boulos: decisão do STJ não corrige arbitrariedade

Ex-ministro no Governo Lula, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) diz que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de reduzir a pena do ex-presidente, no caso do tríplex do Guarujá (SP), de 12 anos e um mês de prisão, como foi definido pela segunda instância da Justiça Federal, para 8 anos e 10 meses, não corrige a arbitrariedade de um processo viciado e sem provas.

Lula e Orlando Silva

Por outro lado, ele diz que essa vitória parcial motiva a ampliar a luta em defesa do Estado Democrático de Direito.

Outro fator importante é poder ver o ex-presidente progredindo para o regime semiaberto a partir de setembro.

“O STJ se ateve a meras formalidades para não examinar o mérito e absolver Lula. Por isso vamos recorrer até ser reconhecida sua inocência. Mas pela primeira vez uma corte superior apontou os abusos de Moro e do TRF4 com a redução das penas em mais de um terço. A luta continua”, disse no Twitter a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT.

O coordenador do MTST, Guilherme Boulos, afirmou que a redução de pena mostra um primeiro gesto para desfazer os absurdos de Curitiba e do TRF 4 no caso Lula. “Mas ainda muito insuficiente. Faltou coragem ao STJ para enfrentar a farsa de Moro”, afirmou.

Por sua vez, a jurista Carol Proner disse que assistiu a um julgamento vergonhoso do STJ. “Ministros evocando a Súmula 7, entrando para a história da maior farsa jurídica contra um líder popular. Vergonha”, escreveu na rede social.