Perda em Notre-Dame é insubstituível, dizem arquitetos

Tragédia em Paris, França.

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Em 856 anos de história, Notre-Dame permeneceu praticamente ilesa. Ameaçada pela Revolução Francesa, a catedral acabaria por passar por duas guerras mundiais sem danos. No entanto, o incêndio da segunda-feira (15) fez colapsar o telhado e o pináculo do edifício, datados do século XII.

A perda, dizem os arquitetos, é insubstituível, um golpe na herança da arquitetura gótica do país. A catedral é ainda o lar de relíquias da Paixão de Cristo, entre as quais um fragmento da coroa de espinhos com a qual Cristo terá sido coroado pelos soldados romanos. Um artefacto já dado como salvo das chamas.

A mesma sorte poderão não ter tido três janelas de rosáceas medievais, que remontam ao século XIII. Relatos ainda não confirmados indicam que os vitrais terão explodido devido ao calor intenso que se fez sentir durante o incêndio. Estima-se também que um friso de madeira datado de 1300 não tenha sobrevivido às chamas.

Notre-Dame foi o palco de vários momentos históricos de França. Cenário de casamentos célebres, como o do rei Henrique IV, e do imperador Napoleão, a catedral foi também palco para a celebração da libertação de Paris, em 1944., com um serviço de ação de graças.

A salvo do incêndio ficaram 16 estátuas e algumas obras de arte, por terem sido retiradas do ediifício dias antes para serem restauradas. Ícone de Paris, a catedral é património do mundo, eternizado em múltiplas obras e célebre pela mão do escritor Victor Hugo, através do romance adaptado para o cinema, "O Corcunda de Notre Dame".

As informações são da Euronews