Museu Americano volta a se manifestar contra Bolsonaro 

Instituição diz que não convidou o presidente brasileiro.

Bolsonaro

O jornal O Globo informa que o Museu Americano de História Natural voltou a se manifestar sobre a homenagem ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, realizada pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, programado para o dia 14 de maio, expressando “profundas preocupações”.

“O Museu gostaria de agradecer às pessoas que expressaram suas visões sobre o evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Queremos que saibam que entendemos e compatilhamos de seu desconforto”, informou a instituição em sua conta no Twitter. “Queremos deixar claro que o Museu não convidou o presidente Bolsonaro; ele foi convidado como parte de um evento externo. Ainda assim, estamos profundamente preocupados com as metas políticas do atual governo brasileiro, e estamos trabalhando ativamente para compreender nossas opções em relação a esse evento”.

Ciências

Em uma carta aberta à presidente do museu, Ellen Futter, estudantes, doutorandos, funcionários e pesquisadores da instituição pedem o cancelamento da homenagem a Bolsonaro, a quem chamam de “presidente fascista do Brasil”, afirmando que o evento seria “uma mancha na reputação do museu”. O texto é acompanhado por um abaixo-assinado que neste sábado já contava com mais de 500 assinantes.

O portal Gothamist citou um ambientalista que ressalta ser “uma ironia particularmente amarga que um homem que tenta destruir um dos recursos naturais mais preciosos seja nomeado Pessoa do Ano dentro de um espaço dedicado à celebração do mundo natural”.

Em respostas ao tuíte do museu, centenas de pessoas, que se identificaram como ativistas e acadêmicos, pediram que o evento que inclui a entrega do prêmio a Bolsonaro fosse cancelado. Elas afirmaram que seria inapropriado que o presidente brasileiro fosse homenageado numa instituição de ciências devido a suas visões.