Coreia Popular pronta para a desnuclearização, se houver reciprocidade

Moon Jae-in está na capital da Coreia Popular, Pyongyang, onde passará três dias para retomar as negociações diplomáticas e desnuclearizar a península coreana. Esta é a primeira visita de um chefe de Estado sul-coreano na Coreia Popular em 11 anos.

Após ser recebido com uma grande cerimônia de boas vindas no aeroporto de Pyongyang, Kim Jong-un teria dito, segundo a Reuters, esperar um “grande resultado” ao dar início a esses três dias de conversas com o presidente da Coreia do Sul.

A Coreia Popular se prontificou preliminarmente a desmantelar por completo seus locais de testes nucleares e de mísseis e permitir que os inspetores internacionais sejam testemunhas. O relato foi feito pelo presidente sul-coreano em uma entrevista coletiva conjunta com Kim, que segundo o chefe de Estado do Sul, também visitará Seul muito em breve, talvez ainda neste ano. Seria o primeiro líder norte-coreano a visitar a capital do Sul desde o final da guerra na península (1950-1953).

Os dois países assinaram nesta quarta-feira (19) um acordo comprometendo-se a eliminar "toda ameaça" de guerra entre seus respectivos países e a obter uma península sem perigos nem armas nucleares. "O Norte e o Sul concordaram em fazer da península coreana uma base para a paz, onde não haja ameaças nem armas nucleares, e buscarão progressos substanciais para obter este fim rapidamente", diz o documento. É a primeira vez que as duas Coreias concordam em passos específicos para a desnuclearização.

Mais passos, como o desmantelamento da central nuclear de Yongbyon, poderão acontecer desde que existam ações recíprocas por parte dos Estados Unidos. Entre as exigências que a Coreia Popular faz à Washington está o fim das sanções econômicas.