Organizações e movimentos sociais se manifestam contra bloqueio a Cuba

Movimentos sociais e partidos se manifestaram ao longo desta semana contra o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, o qual já dura 58 anos.

Cuba - Reprodução

O tema será discutido na 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorrerá entre os dias 25 de setembro e 1º de outubro. Há 25 anos, a ONU se posiciona contra o bloqueio norte-americano ao país caribenho. Israel e Estados Unidos costumam ter posição contrária durante a votação.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) expressou “mais uma vez seu profundo rechaço contra a continuidade do injustificável e ilegal bloqueio dos Estados Unidos da América contra Cuba, que se estende por mais de 50 anos”.

O PT ainda ressaltou o papel da população cubana no enfrentamento às dificuldades geradas pela medida norte-americana. “Apesar das inegáveis dificuldades que o bloqueio causou ao longo de todas estas décadas, o povo cubano construiu seu desenvolvimento de forma soberana em busca de mais igualdade e justiça social, com destacados resultados positivos na saúde e educação para o conjunto da sua população”, declarou o partido.

Sobre as relações diplomáticas entre os dois países, o PT afirmou que apoia “as medidas negociadas pelo governo de Barack Obama e o governo cubano em 2014 como um primeiro passo para pôr fim ao bloqueio e normalizar as relações entre os EUA e Cuba”.

“Exortamos o atual governo dos EUA a cumprir esses acordos firmados pelos dois países e garantir sua correta aplicação. Isso seria uma importante demonstração para o mundo de seu comprometimento com o pleno funcionamento dos organismos e acordos internacionais”, conclui.

O Movimento Sem Terra (MST) também repudiou a continuidade do bloqueio, afirmando que “implica negativamente no desenvolvimento social e econômico de Cuba, transformando-o em um país com profundas carências no âmbito material, por isso consideramos um crime contra a soberania e autodeterminação cubana”.

A organização ainda exigiu “que a ONU, como organismo competente, ponha fim definitivo ao bloqueio econômico e possibilite que Cuba possa implementar soberanamente seu plano de desenvolvimento econômico e social como um direito democrático fundamental”.

A Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade – Capítulo Brasil – também se manifestou “pelo fim do criminoso bloqueio a Cuba, imposto pelos Estados Unidos há quase seis décadas”

“No momento em que o governo da maior das Antilhas se prepara para apresentar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas mais uma resolução condenando este bloqueio, juntamos a nossa voz à de todos os governos e movimentos sociais em todo o mundo, amantes da paz e da liberdade, contra este atentado aos direitos humanos e à autodeterminação do povo cubano”, afirmou a organização em nota divulgada nesta quarta-feira (12/09).

O grupo ainda afirmou que “reitera a plena solidariedade com o governo e o povo cubano empenhados em seguir construindo o seu modelo político e econômico voltado para garantir a justiça social, o desenvolvimento, os direitos humanos e a paz”.

A Central Trabalhadores do Brasil (CTB) divulgou uma nota no começo do mês de setembro rechaçando o bloqueio, o qual chamou de “criminoso”.

“Tal agressão imperialista foi condenada reiteradas vezes pela comunidade internacional. Em 1º de novembro do ano passado, 191 Estados que integram a ONU aprovaram resolução exigindo o fim do bloqueio. Só EUA e Israel votaram na contramão do sentimento majoritário em todo o globo. Em outubro de 2016, resolução com conteúdo semelhante foi aprovada sem oposição, com abstenção de Washington e seu polêmico parceiro do Oriente Médio”, afirma.

A CTB ainda destaca que as Nações Unidas “devem renovar neste ano o pronunciamento mundial pelo fim do bloqueio, também reclamado pela União Europeia e Celac”, e conclui dizendo que “é hora de manifestar mais uma vez nossa ativa e irrestrita solidariedade ao governo, à Revolução e ao povo cubano, cuja heroica resistência é fonte perene de inspiração para as lutas da classe trabalhadora”.