Haddad: “Quanto mais juros banqueiro cobrar, mais imposto vai pagar”

A agenda de campanha do candidato da coligação “O Povo Feliz de Novo”, Fernando Haddad, desta sexta-feira (14) é no Rio de Janeiro. Em caminhada pelas ruas da Rocinha, Haddad e Manuela d’Ávila foram recebidos com aplausos.

Por Dayane Santos

Haddad e Manuela na Rocinha - Reprodução

Com a camiseta estampando o nome e o rosto de Lula, Haddad e os demais caminharam pela comunidade, conversaram com moradores e ouviram propostas. A caminhada contou ainda com a participação da candidata a governadora do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi, o senador Lindbergh Farias, e das deputadas federais Jandira Feghali (PCdoB) e Benedita da Silva (PT).

Em entrevista coletiva, Haddad reafirmou o seu compromisso com a geração de emprego por meio da ação do estado.

“O grande problema hoje é o chamado teto de gastos, uma medida que não funciona porque não abre nenhum espaço fiscal para investimento. Sem investimento público, sem consumo das famílias e sem crédito barato, a economia não vai retomar”, afirmou o presidenciável.

Haddad reforçou que o teto só agrava o problema fiscal, ao invés de melhorar. “Nós precisamos de um tripé e as obras do PAC têm que ter um espaço fiscal no orçamento em que quanto mais a obra gera emprego e quanto mais impacta as comunidades que têm mais necessidades sociais, melhor. Faremos um tratamento dessas obras e vamos impactar as comunidades com geração de emprego imediata”, afirmou.

O presidenciável também defendeu a realização de uma reforma tributária que reduza os impostos para as famílias mais pobres. “Isso vai aumentar a renda disponível das famílias que vão voltar a consumir”, declarou.

Ele voltou a defender uma reforma bancária para reduzir os juros. “Sem reforma bancária, os juros vão continuar muito altos na ponta. Chega a 300% no cartão de crédito e 100% no cheque especial. Quanto mais juros banqueiro cobrar, mais imposto ele vai pagar”, salientou.

Em entrevista à TV 247, Haddad criticou as especulações do mercado financeiro com o dólar por causa das pesquisas eleitorais que apontam para sua liderança na disputa presidencial.

“Especulador acaba sendo aquele que captura a poupança das famílias com base no terrorismo de mercado. O papel da imprensa é esclarecer as pessoas para não entrarem numa fria e não perderem suas economias”, disse Haddad. Ele afirmou que em 7 de outubro o país tem “um encontro marcado com a democracia”. E exclamou: “Fora, golpistas!”.