Ciro: O que falta é coesão e debate franco sobre o Brasil que queremos

O PDT escolheu, por aclamação, em convenção da legenda realizada nesta sexta-feira (20), em Brasília, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes como candidato à Presidência da República.

Convenção PDT Ciro - Reprodução

"O Brasil precisa mudar", disse Ciro em seu primeiro discurso como candidato. Segundo ele, o país tem condições de retomar o seu caminho de desenvolvimento, “o que está faltando é coesão, debate franco sobre o Brasil que queremos”.

"Estou convencido de que para o Brasil seguir adiante como nação precisamos de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Um grande acordo que devemos celebrar entre todos nós brasileiros em torno de algumas metas que o país pode e deve alcançar: voltar a crescer, se reindustrializar, reduzir desigualdades, acabar com a vergonha da extrema pobreza, devolver a segurança às famílias e as ruas, avançar na educação e garantir uma saúde que atenda com dignidade mínima o nosso povo", enfatizou.

Ciro Gomes não poupou críticas a política econômica do governo Michel Temer e a subserviência ao rentismo, citando os altos índices de desempregados e a desindustrialização como principais consequências. "O Brasil é o país que mais destrói as próprias indústrias no capitalismo mundial”, declarou.

De acordo com Ciro, nos últimos 15 anos, permitiu-se, descuidadamente, que o sistema finaceiro, "no seu egoísmo, concentrasse 85% de todas as transações financeiras em apenas cinco bancos", gerando a falta de concorrência, deixando "o nosso povo refém de tarifas e juros absurdos"..

"O mais grave é que este governo deixaram que dois bancos públicos, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, entrassem nesse jogo contra a população que produz e a população que trabalha", completou.

Segundo ele, a “pretexto de austeridade fiscal”, “essa gente quebrou o país” e deixou o Brasil "fragilizado nas contas públicas”.

O candidato do PDT reforçou que é necessário acabar com “a cultura de ódio” no país. “Acabar com essa ideia de brasileiro contra brasileiro se ferindo pela internet”, destacou ele, salientando a necessidade de unidade diante da atual conjuntura. Disse que precisará de todos os segmentos da sociedade, “porque ninguém é dono da verdade”. “Apesar de alguns quererem tratar [isso] com frases de efeito”, afirmou.