Manuela defende revogação da reforma trabalhista em evento da Força

Em agenda nesta terça-feira (17) em São Paulo, a pré-candidata do PCdoB à presidência da república, Manuela d’Ávila participou de atividade com trabalhadores na sede da Força Sindical no bairro Liberdade, na capital paulista.

Manuela em evento da Força

Acompanhada dos secretários nacionais do PCdoB, Nivaldo Santana (Sindical) e André Tokarski (Movimentos sociais) e do Secretário-geral da CTB, Wagner Gomes,  Manuela disse que sua participação no debate foi em atendimento ao pedido da direção da Força que está recebendo todos os candidatos à presidência da república, neste período de pré-campanha, para ouvir suas propostas.

Na mesa, ao lado do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna) e do Primeiro-secretário da central, Sérgio Leite (Serginho), a pré-candidata defendeu que as eleições precisam ser “espaço de debate sobre um novo projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho, com retomada os investimentos públicos e de combate à desigualdade”.

Manuela também reafirmou a necessidade de referendos revogatórios sobre a Emenda Constitucional 95 que congelou investimentos em Educação e Saúde por 20 anos e a reforma trabalhista que retrocedeu nos direitos dos trabalhadores previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Manuela defendeu, ainda, a necessidade de fazer outras reformas, como nas áreas tributária e da segurança pública. “É preciso dialogar com o povo sobre estes temas. No Brasil, o pobre paga mais impostos, por exemplo, ao comprar alimentos ou botijão de gás, e o rico não paga tributo ao adquirir um iate. Já na área da segurança, a violência atinge de forma mais intensa os mais pobres.

Candidaturas de esquerda

A candidata comunista destacou as candidaturas que representam a esquerda, como do ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulous (Psol) e dela no PCdoB. Para Manuela, as diferenças que existem neste campo “são irrelevâncias diante dos projetos que se confrontarão”.

“É preciso pensar em como tirar o Brasil da crise, valorizar o salário mínimo, a saúde, a segurança, combater a informalidade no trabalho, reduzir a jornada de trabalho e a desigualdade entre gêneros e a social”, destacou Manuela. Sendo feminista, Manuela afirmou que pretende adotar medidas para beneficiar as mulheres e mães.

Unidade das centrais

A pré-candidata comunista recordou a unidade das centrais que garantiu, no dia 28 de abril passado, uma enorme greve geral que barrou a reforma da previdência. Para Manuela, “é essa unidade e mobilização que retirará o Brasil daqueles que estão destruindo nosso país, nosso estado e nossos direitos”, ressaltou.

No último dia 29 de junho, Manuela participou de encontro com representantes das cinco maiores centrais sindicais do país e recebeu a “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”, com 22 propostas formuladas em conjunto pelas centrais.

A série de debates dos pré-candidatos na Força Sindical foi aberto por Ciro Gomes do PDT no dia 12 de junho. Aldo Rebelo, do Solidariedade também já participou do encontro com os trabalhadores.