Nicolás Maduro é reeleito presidente da Venezuela com 67,7% dos votos

 O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo (20) no país com 67,7% dos votos. O anúncio foi feito por volta das 23h30 (horário de Brasília) pela presidenta do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena.

Nicolás Maduro - AVN

Segundo a oficial, a tendência é irreversível e aponta para a vitória de Maduro, que, até o momento tem 67,7% dos votos (5.823.728 do total). O candidato da oposição, Henri Falcón, somou 21,1% (1.820.552 votos); Javier Bertucci, 10,75% (925.042); Reinaldo Quijada, 0,4% (34.614).

Quando o anúncio foi feito, haviam sido apuradas 92,6% das urnas e segundo o CNE, 46,01% dos venezuelanos participaram da votação neste domingo – a projeção é que o resultado final mostre 48% de comparecimento. No país em que o voto não é obrigatório, a cifra pode ser considerada alta, visto que, em outras nações com sistemas facultativos a participação gira em torno disso, é o caso da última eleição presidencial dos EUA, que teve 46,6% de eleitores. 

Projeto de governo

Nicolás Maduro foi vice-presidente da Venezuela até a morte de Hugo Chávez, em março de 2013, quando assumiu interinamente o cargo e se candidatou em abril do mesmo ano. Esta é a primeira reeleição do presidente que entra agora no seu segundo mandato de seis anos.

Antes, Maduro foi deputado da Assembleia Constituinte de 1999, deputado da Assembleia Nacional (2000 – 2006), presdiente da Assembleia Nacional (2005) e ministro das Relações Exteriores (2006 – 2012).

Seu projeto de governo para esta reeleição está baseado no Plano Pátria 2019 – 2015, que conta com 30 mil ideias elaboradas pelos setores populares. Os pontos fundamentais são:

– Consolidar a educação pública e gratuita e chegar a 100% de escolaridade;

– Expandir o sistema de saúde pública, gratuita e de qualidade. Melhorar o sistema de saúde da família, primária e comunitário;

– Entregar até 5 milhões de casas populares através do programa Grande Missão Vivenda Venezuela;

– Fortalecer o Carnê da Pátria para proteger 16 milhões de venezuelanos de forma integral e o Sistema Bonos para obter ajuda econômica a fim de construir 5 milhões a mais de casas;

– Consolidar os CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), os mercados do Campo Soberano, sistemas de preços justos e mudança da moeda venezuena com objetivo de furar o cerco de distribuição elitista que tem boicotado o governo e barrar o mercado paralelo que pratica preços abusivos;

– Impulsionar a criptomoeda Petro e manter em marcha as mudanças econômicas para vencer os bloqueios internacionais.