Deputados veem erros nas investigações do assassinato de Marielle

Parlamentares da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações do assassinato vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e seu motorista Anderson Gomes se reuniram na manhã desta terça-feira (8), com o delegado Fábio Cardoso, titular da Divisão de Homicídios para pedir explicações sobre possíveis “erros” nas investigações. 

Assassinato Marielle Franco - Divulgação

Os deputados Jean Wyllys (PSol-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ) apontam, por exemplo, a demora na identificação de que a arma usada no crime foi uma submetralhadora, a falta de realização de um exame de raio-x nos corpos de Marielle e Anderson, além de o fato do carro usado pelas vítimas ter permanecido por dias do lado de fora da DH antes de ser transferido para o Instituto Carlos Éboli.

“Quanto mais tempo se passa menos vestígios se tem. O papel da Comissão Externa é acompanhar as investigações, e a gente vem seguindo esse papel. Criamos um cronograma público para dar uma explicação sobre o que cada instituição está fazendo. Queremos ouvir dos responsáveis pela investigação porque só agora foi divulgado que a arma do crime e uma submetralhadora”, pontuou Jean Wyllys, coordenador do grupo.

Ao final da reunião, o deputado Jean Wyllys afirmou que o “cerco sobre o criminoso está se fechando”. Segundo o parlamentar, o delegado Fábio Cardoso afirmou que a investigação é complexa e rigorosa, mas já possui informações suficientes para cruzar os dados e chegar aos assassinos.

Na quinta-feira (10), está prevista a reconstituição do crime. Mais de 50 dias após as execuções, ainda não há linhas de investigação divulgadas ou suspeitos apontados como mandantes ou executores dos assassinatos.