Provas se acumulam e confirmam OAS como proprietária do tripléx

Em entrevista à TVT os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltaram a enumerar as provas que comprovam que o tripléx do Guarujá nunca foi de propriedade de Lula. A recente penhora do apartamento por uma dívida da empreiteira OAS confirma a tese da defesa, diz o advogado Cristiano Zanin.

Por Railídia Carvalho

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Segundo ele, a sentença que condenou Lula não se baseia na realidade do processo. “Qualquer tribunal independente e imparcial chegará à conclusão de inocência”, completou a advogada Valeska Martins.

A propriedade do tripléx do Guarujá é o tema central do julgamento, marcado em tempo recorde, para 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Será julgado o recurso impetrado pela defesa de Lula contra a condenação a nove anos e seis meses dada pelo juiz Sérgio Moro ao ex-presidente. Segundo o juiz, Lula teria recebido o apartamento tripléx do Guarujá como benefício da empreiteira OAS.

Cristiano Zanin comentou a recente autorização de juíza de Brasília pela penhora do apartamento a pedido de um credor da OAS. O advogado disse que não teve ainda acesso à essa decisão da juíza mas que se houver confirmação trata-se de mais uma prova de que o tripléx não pertence ao ex-presidente. “E isto, nesta hipótese, também será levado ao julgamento de Porto Alegre”, disse Zanin.

“É importante ressaltar que, nós da defesa, sempre provamos que o ex-presidente nunca teve a propriedade muito menos a posse do apartamento”, ressaltou Valeska. A advogada relembrou que em 2009 o apartamento foi dado em hipoteca, como garantia de uma operação financeira, e também teve o valor econômico vendido à Caixa Econômica Federal. “Nós provamos que Lula nunca teve a propriedade e não poderia ser o proprietário senão através da compra através do depósito do dinheiro em conta corrente da Caixa Econômica Federal”, esclareceu Valeska.

“Quem for ao cartório verificar o nome do proprietário vai se deparar com a OAS então é evidente que o Lula jamais poderia ser o proprietário. Provamos que ele jamais recebeu a chave ou passou um dia ou uma noite neste apartamento”, relembrou Zanin. Valeska também reforçou que as 73 testemunhas ouvidas, incluindo as 27 de acusação, inocentaram o ex-presidente em seus depoimentos. “É lógico que essa sentença condenatória não se baseia na realidade, não se baseia no que está no processo porque o que está no processo comprova a inocência do ex-presidente Lula”, explicou Zanin.

O advogado declarou ainda que a sentença do juiz Sérgio Moro é contraditória com a jurisprudência e os precedentes do TRF-4 que julgará o recurso de autoria da defesa de Lula. “Recentemente, o TRF4, o mesmo que irá julgar o ex-presidente Lula, reconheceu que propritário é aquele que consta no cartório de registro de imóveis”, lembrou Zanin. Valeska emendou: “Nós temos um conjunto probatório que leva, sem dúvida alguma, à inocência do ex-presidente Lula. Qualquer tribunal independente e imparcial chegara à conclusão de inocência”.

Confira na íntegra a entrevista à TVT dos advogados de defesa de Lula: