Em posse, Temer pede a Marun 20 horas de dedicação à Previdência

Nesta sexta-feira (15), após alta médica, Michel Temer deu posse ao novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS). O correligionário entra no lugar do tucano Antonio Imbassahy como forma de mediar conflitos entre aliados. Em seu discurso, Temer pediu dedicação de até “20 horas, se possível” à aprovação da Reforma da Previdência (PEC 287/16).

Temer e Marun - Alan Santos/PR

Tema caro ao governo, a reforma continua enfrentando resistência dos aliados, motivo pelo qual a votação da matéria foi adiada. “Peço a você que se dedique à Reforma da Previdência. Desse modo, você estará se dedicando ao governo e ao país”, disse Temer ao indicar que há “equívocos” na compreensão da proposta e que os mais pobres não serão prejudicados.

O presidente insistiu no discurso do combate aos privilégios e afirmou que a votação em fevereiro era “uma palavra de entusiasmo para o nosso mercado”.

Marun, por sua vez, assumiu o posto afirmando que agora “é um soldado” sob o comando do correligionário “em sua árdua luta para fazer com que o nosso país seja um Brasil melhor para todos os brasileiros”.

O amigo e defensor de Cunha

O novo ministro, apesar de estar em seu primeiro mandato, ficou conhecido pelas defesas enfáticas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) antes de sua prisão, e de Temer nas denúncias por crime comum que tramitaram no Parlamento este ano.

À época da primeira indicação de Marun, no final de novembro, a presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), chegou a afirmar a possível nomeação indicava “a força de Eduardo Cunha nas diretrizes políticas do governo Temer”.

A parlamentar lembrou da postura de deboche de Marun no Plenário da Câmara após o resultado da votação da segunda denúncia contra Temer. “Aquela dancinha foi símbolo da falta de compromisso dessa turma com o povo brasileiro”, disse.