Previdência: DEM joga para fevereiro decisão sobre fechar questão

O anúncio feito pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de que a votação sobre a reforma da Previdência vai ocorrer somente fevereiro de 2018, e não na próxima semana como pretendiam, já começou a provocar efeitos.

Deputado Efraim Filho - Agência Câmara

Apesar do governo ainda afirmar que está empenhado em votar ainda este ano, o DEM, partido da base aliada do governo, decidiu nesta quinta-feira (14) adiar para fevereiro uma decisão sobre se a bancada da sigla na Câmara dos Deputados fechará questão a favor da proposta de reforma. A informação foi dada pelo o líder da sigla na Casa, Efraim Filho (PB).

"O Democratas reúne com sua Executiva em fevereiro e, a partir daí, a maioria da bancada definirá o seu rumo, se haverá ou não esse fechamento", disse Efraim a jornalistas.

A afirmação de Jucá evidenciou a dificuldade do governo em conseguir os 308 votos – número mínimo necessário – para aprovar a proposta.

O Planalto, no entanto, reafirma que não jogou a toalha. Vários líderes governistas e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disseram que a decisão sobre a data da votação ainda não foi decidida.

Segundo o futuro ministro da Secretaria Geral da Presidência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), a afirmação de Jucá gerou “constrangimento”, mas garantiu que não provocou efeito na contabilidade de votos favoráveis à proposta.

“Claro que isso gerou algum constrangimento, mas é uma situação superada. Perdemos votos? Não, não perdemos. Ganhamos? Também não”, disse.

Marun declarou ainda que o governo segue avaliando se ainda é possível colocar o reforma em votação neste ano. “Eu ainda penso que é possível avaliarmos a chance de votarmos na semana que vem. Não seremos irresponsáveis, mas se você pergunta se eu já joguei a toalha, eu digo que não”, afirmou. É esperar para ver.