Sindicalistas afirmam que reforma trabalhista vai adoecer trabalhador

Começou nesta quarta-feira (18), em Brasília, o 8º Encontro da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cistt), juntamente com a 1ª Jornada Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Os debates se encerram na sexta-feira (20).

8º Encontro da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cistt), - Reprodução do Portal CTB

Elgiane Lago, secretária de Saúde da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), diz que “neste momento de desmonte do SUS (Sistema Único de Saúde) é fundamental a organização do movimento de saúde e das centrais sindicais para barrar os retrocessos e manter o SUS para que a população tenha atendimento compatível com suas necessidades”.

O Conselho Nacional de Saúde organiza os eventos juntamente com o Ministério da Saúde. Estarão presentes cerca de 500 representantes do movimento de saúde de todo o país. “Precisamos discutir com muita ênfase a melhoria do SUS e da saúde da classe trabalhadora”, afirma Lago.

Os debates giram em torno da reforma trabalhista, que começa a vigorar a partir de 11 de novembro com precarização das relações de trabalho, jornadas exorbitantes, possibilidade de retirada de descanso remunerado, fatiamento das férias, entre outras retiradas de direitos.

Para ela, “a reforma trabalhista acarretará muito mais adoecimentos por causa das condições desumanas de trabalho, além de trazer muita insegurança às trabalhadoras e trabalhadores, ainda mais prejudicados com a terceirização ilimitada”.

A secretária da Saúde da CTB lembra ainda que nesta quinta-feira (19) o Supremo Tribunal Federal (STF) vota a legalidade da Emenda Constitucional 86/2015 que tira verbas da saúde pública. “É fundamental que ocorram manifestações em todo o país para barrar essa emenda que acaba com o SUS e prejudica as pessoas que mais necessitam de atendimento gratuito”.

Ela explica ainda que a reforma trabalhista “criará o caos para a classe trabalhadora com total instabilidade no emprego e ainda por cima com condições de séculos atrás”. Isso porque “ao contrário do que se fala a reforma trabalhista concentrará mais a renda e diminuirá os salários, que já estão baixos”.