Manifestantes tomam as ruas do Brasil para denunciar “cura gay”

Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Campinas (SP), Maringá (PR) e Florianópolis (SC) são algumas das cidades que realizaram nesta sexta-feira (22) protestos contra a liminar que autoriza psicólogos a ofertar a chamada cura gay sem que sejam punidos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Mais atos estão marcados para o final de semana e no dia 1º de outubro acontecerá o ato Parada LGBT contra cura gay na avenida Paulista, em São Paulo.

protesto paulista contra cura gay set 2017 - Mídia nInja

De acordo com o portal Esquerda Diário a PM de São Paulo chegou a deter dois manifestantes. Milhares de participantes tomaram o vão do Museu de Arte de São Paulo no início da tarde com os dizeres “doença é a homofobia, e o amor é a cura.

Ato político e cultural, o movimento teve falas de militantes dos direitos humanos, entre eles o padre Júlio Lancelloti e coletivos LGBts. O ato está programado para sair em marcha pela rua Augusta até o largo do Arouche no centro de São Paulo.

Em Florianópolis, foi realizada a performance "água benta da cura LGBT". No Masp, militante lembrou que transexuais, travestis, bissexuais são as principais vítimas da patologização. “Todos precisamos entrar nessa luta contra homofobia”.

                                                       São Paulo
Retrocesso

A homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1990. Segundo o CFP, o judiciário se equivoca ao conceder a liminar. “o que está em jogo é o enfraquecimento da Resolução 01/99 pela disputa de sua interpretação, já que até agora outras tentativas de sustar a norma, inclusive por meio de lei federal, não obtiveram sucesso”, afirmou a entidade em nota.

A resolução 01/99 proibe esse tipo de tratamento agora autorizado pelo juiz da 14ª Vara Federal no Distrito Federal, Waldemar Cláudio Carvalho. Para o Conselho, o juiz desconsidera a diretriz ética que embasa a resolução. “que é reconhecer como legítimas as orientações sexuais não heteronormativas, sem as criminalizar ou patologizar. A decisão do juiz, valendo-se dos manuais psiquiátricos, reintroduz a perspectiva patologizante, ferindo o cerne da Resolução 01/99”.

Mais protestos contra a cura gay

Santa Maria (RS)

www.facebook.com/events/491130737918308/

São Paulo (1º de outubro)

www.facebook.com/events/217880375413085/

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