Dívida pública total da Nicarágua mostra tendência de queda

O saldo da dívida pública total da Nicarágua com relação ao Produto Interno Bruto (PIB) mostra hoje uma tendência decrescente, reflexo de um manejo prudente e sustentável das finanças públicas, junto a um desempenho econômico positivo para 2017.

Daniel Ortega - AP

Segundo o mais recente relatório do Banco Central (BCN), no primeiro trimestre do ano a dívida do PIB localizou-se em 43,1%, inferior a 1,7 pontos percentuais com respeito ao fechamento de 2016, quando se colocou em 44,8%.

Assim mesmo, o emissor disse que o saldo de março foi 5,9932 bilhões de dólares, para um aumento de 1,1 por cento como resultado de maiores passivos contraídos tanto com credores estrangeiros (34,8 milhões de dólares) como nacionais (27,9 milhões de dólares).

No entanto, o saldo da dívida pública externa foi de 5,769 milhões de dólares (84,7 por cento do total), refletindo 0,7 pontos percentuais em relação com o fechamento de 2016.

Com respeito à razão dívida externa e PIB, o BCN disse que se localizou em 36,5 por cento, se reduzindo em 1,6 pontos percentuais em comparação com o trimestre imediatamente anterior, enquanto a interna foi de 916,3 milhões de dólares (15,3 por cento do total).

Por tipo de instrumento, o banco indicou que a maior parte da dívida correspondeu a BRN (Bonos da República), com 41,0 por cento, a BPI (Bonos de Pagamentos por Indenização) e CBPI (Certificados de Bonos de Pagamento por Indenização), com 28,5 por cento.

Por sua vez, os Bonos Bancários resultaram o 16,3 por centos, Letras emitidas pelo BCN 14 por cento e outros Bonos governamentais 0,3 pontos percentuais.

Dessa maneira, sempre segundo a fonte, nos três primeiros meses do ano o setor público da Nicarágua honrou a dívida por 539,8 milhões de dólares, dos quais, 90,3 por cento foi dirigido ao pagamento de dívida interna e o 9,7 por cento restante a pagamentos de passivos externos.

Assim o serviço da dívida pública total, excluindo o pagamento de Letras de curto prazo do BCN, representou o 27,4 por cento dos rendimentos tributários arrecadados durante período analisado.